Empregado rouba avião, faz acrobacias e provoca sua queda




Um mecânico da companhia aérea Horizon Air roubou na noite de ontem (10) um avião no Aeroporto Internacional de Seattle, nos Estados Unidos. O funcionário decolou o avião, um turboélice Q400 fabricado pela Bombardier, sem permissão da torre. A aeronave chegou a ser perseguida por dois jatos militares F-15, mas caiu e explodiu na  ilha de Puget Sound somente quando acabou o combustível.
O piloto morreu no acidente. Não levou consigo nenhum passageito. Foi identificado como Richard Russell, de 29 anos, segundo o jornal The Seattle Times. Russell trabalhava na equipe de remoção das aeronaves pelo asfalto do aeroporto havia mais de três anos, contratado pelo Alaska Airlines, dona da Horizon Air.
Não tinha brevê para pilotar aviões. Mas algumas das acrobacias que fez com o avião antes da queda foram consideradas “manobras incríveis” pelo Gary Beck, presidente da Horizon Air.
O xerife do condado de Pierce, Paul Pastor, disse que o mecânico, aparentemente, era um suicida. “Ele era um rapaz quieto. Parecia ser bem quisto pelos outros trabalhadores. Eu me sinto muito mal por Richard e por sua família. Esperavam que possam superar isto”, afirmou ao Times Rick Christenson, supervisor operacional aposentado da Horizon Air.
Não há indícios de ato terrorista. Mas a Agência Nacional de Segurança de Transporte (NTSB) e entre 30 e 40 homens do FBI estão investigando o caso, segundo Jay Tabb, o agente especial do Federal Bureau of Investigation.
A caixa preta da aeronave e o gravador de voz da cabine já foram recuperados e estão em análise. “Nós já temos as comunicações entre a torre e o piloto. Mas o piloto pode ter falado consigo mesmo na cabine e é possível obter alguma informação adicional”, afirmou a chefe regional da NTSB, Debra Eckrote.
No audio recuperado, divulgado ao público, Russell se identifica como um homem branco ciente de “ter perdido uns parafusos”. Ele pergunta ao controlador de voo sobre um emprego na Alaska Airlines. Também diz que suas ações poderiam desapontar a pessoas a quem amava e que sentia necessidade de pedir-lhes desculpas. Mas completou estar ciente de não ser possível isso acontecer.
No final de seu voo, Russell teria constatado estava quase sem combustível, segundo a revista Newsweek. O controlador tentou instruí-lo a pousar em uma pista próxima, mas ele mencionou sua impressão de que os funcionários seriam perigosos. Outro controlador tentou convencê-lo que não havia pessoas perigosas com equipamentos anti-aéreos no local. Russell ignorou o apelo.
Por comunicado, o presidente da Alaska Airline, Brad Tilden, disse que a empresa está trabalhando para entender o que aconteceu.

Fonte; Veja