PROFESSORES VÃO PARALISAR AS ATIVIDADES NESTA SEXTA-FEIRA.

IMAGEM ILUSTRATIVA.




INFORMATIVO DO SINDICADO DOS PROFESSORES APEOESP.


Reunido na sexta-feira, 22/2, o Conselho Estadual de Representantes da APEOESP debateu a conjuntura, especialmente à luz do encaminhamento da PEC da reforma da Previdência do governo Bolsonaro à Câmara dos Deputados. Ficou definida para o dia 22/3 a assembleia estadual da categoria, em local a ser definido. A assembleia será seguida de um ato unificado da classe trabalhadora contra a reforma da Previdência e também em defesa de uma escola sem censura. Essa assembleia será amplamente convocada pela APEOESP, inclusive com a veiculação de matéria paga na TV. Desmonte da seguridade social A proposta de Jair Bolsonaro desmonta a Seguridade Social (Previdência, Saúde, Assistência Social) garantida na Constituição Federal e inviabiliza o direito à aposentadoria para toda a classe trabalhadora, do setor privado e do serviço público, do meio urbano e rural. A PEC também visa retirar as questões previdenciárias do âmbito da Constituição, permitindo que mudanças possam ser feitas por meio de leis complementares da União e dos Estados, o que é inaceitável. A APEOESP produzirá uma cartilha, vídeos e outros materiais com uma análise política e técnica que se destina a esclarecer e mobilizar a nossa categoria e todos os setores da população com quem pudermos dialogar para a luta contra a reforma da Previdência de Bolsonaro, assim como qualquer reforma que venha a retirar direitos, pois a Previdência Social visa assegurar renda e qualidade de vida aos aposentados e aposentadas e não pode sofrer alterações que visem resolver problemas fiscais do Estado. Para a produção desses materiais, bem como a realização de uma webconferência sobre a Previdência, a APEOESP constituiu um Grupo de Trabalho com a presença do ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, a presidenta da APEOESP, professora Bebel, outros diretores e diretoras e técnicos do Sindicato. A força das mulheres unidas contra a reforma da Previdência de Bolsonaro Já na semana do planejamento (dias 6, 7 e 8/3) as subsedes deverão receber os primeiros materiais, assim como no Dia Internacional da Mulher (8/3), tendo em vista que as mulheres são duramente atingidas (sobretudo pela instituição de uma idade mínima de 62 anos e 40 anos de contribuição). Para nós isso tem grande importância, por ser a nossa categoria majoritariamente feminina e pela fato de nós, professoras, também termos dificultadas as nossas condições de aposentadoria. Por isso, no processo de preparação do Dia Internacional da Mulher, as subsedes devem se articular com todos os movimentos sociais nas regiões para criar fóruns de luta contra a reforma da Previdência, realizar panfletagens, aulas públicas e todas as atividades possíveis para abordar como essa reforma atinge as mulheres dentro do ataque que faz à classe trabalhadora como um todo. No dia 8/3 as subsedes devem, por meio desses fóruns, realizar atos e manifestações e aquelas que se localizam num raio entre 150 km e 200 km da capital devem participar da manifestação estadual que se realizará na Avenida Paulista. A APEOESP publicará matéria paga na TV para esta mobilização. Para além do Dia Internacional da Mulher, devemos engajar toda a nossa categoria na luta contra essa reforma, conforme o calendário definido pelo CER. Reajuste salarial já! A luta contra a reforma da Previdência se combina com a nossa campanha pelo reajuste salarial, tendo em vista a corrosão do poder de compra de nossos Eixos centrais são a luta contra a reforma da Previdência e por reajuste salarial Moções salários, cuja base se encontra hoje abaixo do piso salarial profissional nacional (PSPN). Uma informação relevante neste caso é que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Tofoli, solicitou ao governo do Estado que se manifeste sobre o pagamento do reajuste de 10,15%, retroativos a janeiro de 2017, que está “travado” naquela Corte. Deve solicitar o mesmo à APEOESP. Assim, acompanhando proposta da Executiva, o CER definiu intensificar a pressão para o pagamento dos 10,15%, assim como lutar por um reajuste de 14,54% que incorpora o reajuste do PSPN de 4,17%, retroativo a janeiro de 2018, e busca recuperar o poder de compra dos nossos salários tendo como referência o mês de julho de 2014. Continuamos lutando também contra o fechamento de classes, pela reabertura de classes fechadas e pelo desmembramento de classes superlotadas. Nossa referência é conseguir alcançar o número máximo de 25 estudantes por classe, para assegurar a qualidade de ensino. Lutamos também pela revogação da Resolução SE 1/2019, que é objeto de ação judicial do nosso Sindicato. Também estamos em luta pela convocação de professores concursados PEB I e PEB II. Defender a democracia é lutar por Lula livre Mais uma vez o CER reafirmou a necessidade de continuarmos lutando pela plena democracia no nosso país, contra o autoritarismo, a violência institucional, o direito de organização, manifestação e de mobilização, contra a criminalização dos movimentos sociais. Hoje o maior símbolo da perseguição aos que lutam pela classe trabalhadora e por justiça social no país é o ex-presidente Lula. Preso político, encarcerado sem provas por crimes que não cometeu. A prisão de Lula visa intimidar os movimentos sociais, mas não nos calarão. Por isso, Lula livre é uma causa que deve envolver todos nós, trabalhadoras e trabalhadores, militantes de esquerda, militantes sociais e democratas. Lula livre é mais que uma frase de efeito e requer que tomemos iniciativas nas regiões para que essa causa se mantenha viva até a libertação do ex-presidente. Para o encaminhamento de todas essas lutas, nas quais todas as subsedes, diretores, conselheiros e representantes da APEOESP devem se empenhar decididamente para envolver toda a nossa categoria, os estudantes, as comunidades e todos os setores com quem possamos dialogar, o CER definiu o seguinte calendário: 25/2 – 18 horas Audiência pública sobre a segurança nas barragens (webconferência) – Auditório Paulo Kobayashi – Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. 26/2 – 6 horas – Ato em solidariedade aos trabalhadores da Ford em São Bernardo do Campo – Avenida do Taboão, 899 – Portão 5. 08/3 – Dia Internacional da Mulher – a força das mulheres unidas contra a reforma da Previdência – atividades nas regiões e participação no ato estadual na capital (para as subsedes num raio de 150 km a 200 km). 12/3 – Reuniões de RE/RA e webconferência sobre a reforma da Previdência. As subsedes devem se articular com os movimentos sociais para reunir os fóruns regionais de luta contra a reforma da Previdência. 14/3 – Participar das manifestações "Justiça para Marielle". 22/3 – 15 horas - assembleia estadual, seguida de ato unificado da classe trabalhadora contra a reforma da Previdência e em defesa de uma escola sem censura. 26/3 – Levar à direção da CNTE proposta de greve nacional dos trabalhadores em educação e de greve geral dos trabalhadores contra a reforma da Previdência. a) Todo apoio à greve dos servidores municipais de São Paulo A APEOESP manifesta irrestrito apoio à greve dos servidores municipais da cidade de São Paulo, em luta pela revogação da lei que criou o Sampaprev, aumentando a alíquota de desconto previdenciário de 11% para 14%. Ao mesmo tempo, repudia a atitude do Prefeito Bruno Covas, que se recusa a negociar, afirma que não revogará a lei e que instituirá mecanismos de relações de trabalho baseados na meritocracia. Somos solidários e, mais que isso, estamos ativamente na luta contra a reforma da Previdência e toda e qualquer forma de mudança previdenciária que retire direitos, confisque salários, aumente alíquotas e inviabilize a aposentadoria dos servidores públicos e dos trabalhadores em geral. São Paulo, 22 de fevereiro de 2019. Maria Izabel Azevedo Noronha Presidenta da APEOESP b) Tirem as mãos da Venezuela A APEOESP se manifesta firmemente em apoio ao povo venezuelano contra as agressões imperialistas e em defesa de sua soberania para definir os destinos do país. É inadmissível que os Estados Unidos articulem governos da região para fazerem provocações contra o governo venezuelano, democraticamente eleito. Repudiamos a postura do governo brasileiro, que se presta ao papel de preposto do governo norte- -americano, rompendo uma tradição da diplomacia brasileira por uma política externa autônoma, democrática e soberana. Abaixo o intervencionismo na Venezuela! Pela autodeterminação dos povos! São Paulo, 22 de fevereiro de 2019. Maria Izabel Azevedo Noronha 
Fonte: Presidenta da APEOESP Secretaria de Comunicação