Menino de 13 anos morre por causa de sinusite; médica faz alerta

















Marquel Brumley, de 13 anos, faleceu por conta de uma sinusite, em Michigan, nos Estados Unidos, em março de 2018. Ele foi diagnosticado equivocadamente pela equipe médica que o atendeu.

Tudo começou com o que parecia ser um resfriado, com tosses e coriza. Ao procurar o médico, foram receitados medicamentos para combater a infecção viral. Não havia nenhuma suspeita de sinusite. Entretanto, o garoto passou a sentir fortes dores de cabeça, que não cessavam com o uso de analgésicos.
Sua mãe, Cameo, decidiu levá-lo para outro hospital. Lá, os médicos afirmaram que se tratava de uma enxaqueca e que era normal durante a fase da puberdade. “Levei meu filho lá para obter ajuda”, disse Cameo. “Eu pensei que era o que eles achavam que era. Eu acreditei neles”, contou ao Daily Mail.
As dores, porém, pioraram e outros sinais de alerta foram se manifestando. Seu olho esquerdo começou a inchar e o lado esquerdo do corpo perdeu movimento muscular. “Quando fui novamente com meu filho para a emergência, finalmente os médicos resolveram fazer uma ressonância magnética”, relata.
O exame indicou que Marquel estava com sinusite progressiva, que percorre os ossos e vasos sanguíneos do cérebro, criando coágulos, que restringem o fluxo do sangue e aumentam a pressão sobre o cérebro.
Imediatamente, o garoto foi submetido a uma cirurgia para a retirada do líquido no cérebro. Ao final do procedimento, Marquel não acordou. Os médicos avaliaram que a pressão do cérebro do menino tinha ultrapassado os níveis normais. “Cheguei a pensar que meu filho ficaria bem. Mas depois disso ele nunca mais acordou”, lamenta Cameo. Marquel faleceu por morte cerebral.

Sinais de alerta

O caso de Marquel serve de alerta. É preciso perceber quando uma gripe ou resfriado pode evoluir para um quadro mais grave. A otorrinolaringologista Milena Costa explica que qualquer resfriado pode acarretar em complicações, principalmente na parcela dos pacientes que sofrem de baixa imunidade.
“Nesse caso, qualquer gripe, qualquer sinusite pode causar complicações, a questão é ficar atento aos sinais de alerta”, explica a médica. Ela afirma que, no caso de Marquel, os sinais de que o diagnóstico estava errado eram os olhos inchados da criança e a dor de cabeça intensa que não cessou com o uso de analgésicos. “Mas o principal problema foi a demora do diagnóstico correto”.
A especialista ressalta que é importante saber diferenciar os sintomas de um simples resfriado de uma sinusite mais grave. Ela lista os principais sinais de alerta:
  1. Olhos inchados, vermelhos e, eventualmente, saltados;
  2. Dor de cabeça muito intensa, sem melhora com o uso de analgésico;
  3. Febre alta;
  4. Vômitos;
  5. Alteração do estado de consciência (como desmaio e sonolência).
Além disso, é importante também diferenciar a dor de cabeça decorrente de uma enxaqueca da característica da sinusite. A primeira é uma dor pulsátil recorrente – que cessa depois do uso de medicamentos -, associada a fotofobia (sensibilidade à luz), fonofobia (sensibilidade aos sons) e vômitos. Já a segunda é sentida mais no centro da cabeça e costuma demorar até cinco dias para cessar completamente.


Fonte: Exame