Mariana Bazza: Suspeito vendeu o som e tentou negociar o carro após o crime









A Polícia Civil de Bariri, 340 km da capital, relatou no inquérito policial entregue para o Ministério Público (MP) na quinta-feira (3), o caso da morte de Mariana Forti Bazza, 19, como latrocínio (roubo que resulta em morte).
Na noite em que Rodrigo Pereira Alves, conhecido por Rodriguinho, 33, foi preso em Itápolis (SP), o namorado da vítima, Jeferson Viana afirmou para o delegado Durval Izar Neto, responsável pelas investigações, que o som automotivo do veículo tinha desaparecido, encontrado minutos antes da prisão do suspeito.
Os policiais também levantaram que o suspeito após cometer o crime, lavou o veículo e tentou o vender o carro da vítima pelo menos em dois locais no município de Itápolis (SP), mas não obteve sucesso. O veículo avaliado pela família em pouco mais de R$ 8 mil para a venda, chegou a ser oferecido por Rodriguinho por R$ 5 mil e depois R$ 4 mil. Para um tio de Mariana Bazza, ele só não obteve sucesso na venda porque o veículo é antigo, está fora da data de fabricação preferida pelas concessionárias, que é de no máximo seis anos.
De acordo com o investigador-chefe de Bariri, José Dadalto, o suspeito após o crime utilizou o celular sem parar e isso ajudou os policiais a "triangular as chamadas" e localizar com exatidão o esconderijo de Rodriguinho. Celular e carteira Além de vender o som automotivo e tentar negociar o veículo da vítima, o suspeito do crime também ficou com o aparelho celular e a carteira pertencentes a Mariana Bazza.
No sábado, 28 de setembro, após participar de uma manifestação contra a morte da filha, em uma das poucas aparições públicas, a mãe Marlene Aparecida Forti Bazza, falou sobre os pertences que foram roubados.
De acordo com a família da jovem Mariana, o celular e carteira seguem desaparecidos. Os policiais que trabalharam no caso, não descartam que a foto feita pela jovem enquanto Rodriguinho trocava o pneu para mandar para namorado e que a ajudou a polícia a identificá-lo, também pode ter incentivado ao suspeito a matar Mariana Bazza.
"Pode ser sim, a gente não sabe, se quando roubou o celular dela, esse monstro viu que ela tinha fotografado ele, e mandado a foto para o namorado, daí ele entrou numa loucura com medo de ser identificado e matou minha filha", afirmou Aírton Bazza, pai da vítima. De acordo com o laudo do IML, o suspeito utilizou de força acima do normal para asfixiar a jovem com aquele pedaço de pano.
Fonte: UOL