QUE HORROR, A EMPREGADA TEM CELULAR!















Nos governos Lula e Dilma as mulheres - porque são maioria - que nos auxiliam nas tarefas da casa foram reconhecidas como profissionais, porque o são. Conquistaram direitos, salário mínimo como base, registro em carteira de trabalho, recolhimento do INSS, férias remuneradas e 13º salário. Deixaram de ser chamadas de empregadas domésticas e passaram a ser trabalhadoras domésticas ou auxiliares de serviço doméstico. Foi um susto para boa parte das famílias, que se limitavam a pagar o salário acertado em negociação absolutamente desigual. Dar direitos a essas trabalhadoras deixou muita gente indignada. 
Abusar (de várias formas) de ‘empregada’ passou a ser crime. A PEC das domésticas abriu caminhos inimagináveis a essas trabalhadoras.
Depois, foi um susto quando elas tiveram acesso a telefone celular, como se esse bem de consumo fosse destinado a quem se julga parte da elite econômica. Quem não se lembra da indignação?
Aí veio a aquisição de imóveis, de bens de consumo... e a economia crescendo.
Os aeroportos, então... bufavam... Era trabalhadora doméstica pro Nordeste, pro Sul, pro Interior, pra Disneylândia...
Ops! Peraí! Pra Disney?
‘Empregada’ doméstica na Disneylândia não! Acesso a dólar, a moeda das moedas? Não!
E foi assim que a política econômica do desgoverno se encarregou de justificar a escalada das notas verdinhas norte-americanas. Inacreditável e reveladora a justificativa do ministro Paulo Guedes para deixar o dólar galopar ao sabor dos interesses do mercado. Vergonhoso.
O ministro preconceituoso está incomodado que os trabalhadores tenham acesso a bens de consumo e está incomodado que tenham uma vida digna. Isso explica a devassa nos direitos que vêm sendo protagonizada desde o golpe contra Dilma Rousseff e contra Lula.
O Brasil e os brasileiros não merecem um governo que é uma máquina de destruir o que foi construído com muita luta. A reforma trabalhista e a carteira verde e amarela são crimes contra o direito dos trabalhadores. E a constante zombaria do governo é assédio.

Márcia Lia
Deputada estadual