Dois homens em situação de rua morreram hoje (21) em São Paulo, quando foi registrada a madrugada mais fria do ano. De acordo com o padre Julio Renato Lancellotti, da Pastoral do Povo da Rua, eles não tinham sinais aparentes de violência, por isso há suspeita de hipotermia.
“Moradores de rua podem ter uma patologia preexistente, uma doença cardíaca, pulmonar, hepática e se expõem à baixa temperatura sem uma proteção, sem agasalho”, disse o padre. Os homens ainda não foram identificados.
Um dos corpos foi encontrado próximo ao terminal de ônibus Parque Dom Pedro e o outro estava na Avenida do Rio Pequeno. Eles foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML), que vai investigar a causa das mortes. A Secretaria Estadual da Segurança ainda não se pronunciou sobre o caso.
A pastoral pede ajuda à população, pois está com baixo estoque de cobertores e roupas de frio. Doações podem ser levadas para a Casa de Oração, na Rua Djalma Dutra, número 3, no centro, e para a Paróquia São Miguel Arcanjo, na Rua Taquari, número 1.100, no bairro Belém.
FrioDe acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a cidade de São Paulo registrou hoje, às 6 horas, a menor temperatura do ano, de 9,6 °C. A queda nas temperaturas chegou no sábado (19) com a intensa massa de ar frio e seco de origem subpolar.
A previsão para os próximos dias é que a massa de ar frio se desloque lentamente para o oceano, perdendo intensidade, provocando aumento gradativamente das temperaturas. Os dias devem ser ensolarados e com poucas nuvens.
A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) informa que foram acolhidas 326 pessoas, por meio da Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS), na madrugada desta segunda-feira (21), considerada a mais fria dos ano na capital paulista. Os termômetros registraram em média 8°C e os bairros mais gelados foram Capela do Socorro, na Zona Sul com 3,2°C e Perus na Zona Norte, com 5°C.
Operação Baixas Temperaturas
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, desde o dia 17 de maio, foi intensificado o atendimento à população em situação de rua da capital com o início do Plano de Contingência para Situações de Baixas Temperaturas – 2018. A ação segue até o dia 30 de setembro e será reforçada sempre que a temperatura atingir o patamar igual ou inferior a 13º, ou sensação térmica equivalente.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, desde o dia 17 de maio, foi intensificado o atendimento à população em situação de rua da capital com o início do Plano de Contingência para Situações de Baixas Temperaturas – 2018. A ação segue até o dia 30 de setembro e será reforçada sempre que a temperatura atingir o patamar igual ou inferior a 13º, ou sensação térmica equivalente.
O objetivo do plano é zelar pela segurança e bem-estar da população em situação de rua, promovendo o acolhimento de crianças, adolescentes e adultos durante os meses mais frios do ano. O plano é coordenado de forma compartilhada entre as secretarias municipais de Direitos Humanos e Cidadania, Assistência e Desenvolvimento Social e Segurança Urbana. A ação contará, ainda, com o apoio da Secretaria Municipal da Saúde.
Inicialmente, dois abrigos emergenciais serão abertos, um na região central, com 100 vagas, e outro na Lapa, com 80 vagas. Essas vagas serão acrescentadas às outras mais de 14 mil já existentes nos Centros de Acolhimento. A rede também conta com 135 Serviços de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes (SAICAs), que juntas disponibilizam 2.570 vagas.
Com informações da Agência Brasil