Os professores das escolas particulares do estado de São Paulo aprovaram em assembleia realizar um dia de greve na quarta-feira, 23, em protesto contra a proposta patronal de retirar direitos da categoria após a entrada em vigor da reforma trabalhista, em novembro do ano passado.
O Sinpro-SP, sindicato que representa a categoria na capital paulista, alega que não houve acordo para a renovação integral de 65 itens que regem a convenção coletiva dos docentes da rede básica privada de ensino (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio). No estado de São Paulo são cerca de 112.000 professores, distribuídos em mais de 7.000 escolas, de acordo com dados do Ministério do Trabalho.
Os principais pontos de discordância entre a categoria e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (SIEESP), sindicato patronal, são a manutenção da bolsa de estudos integral para até dois filhos dos docentes, o recesso de 30 dias, a garantia semestral de salário e a unificação das férias, impedindo que elas sejam parceladas — como prevê a nova legislação trabalhista.
Na tarde desta segunda-feira, 21, professores e diretores de colégios tradicionais da capital paulista – como Santa Cruz, São Domingos, Escola da Vila, Rainha da Paz, Vera Cruz , Santa Clara – estão reunidos para decidir se acompanham a deliberação da assembleia.
Até o momento, o único colégio que confirmou a paralisação foi a unidade Vergueiro do colégio Lyceé Pasteur.
Na quarta-feira, os professores realizarão nova assembleia às 14h para decidir se entrarão em greve por tempo indeterminado a partir do dia 28. Em seguida, devem realizar um ato público no vão livre do Masp, na região central da capital paulista.
Audiência de conciliação realizada na semana passada entre o sindicato dos professores e o das empresas terminou sem acordo.
Fonte: Veja