Lupo lança máscaras antivirais e antibacterianas



A Lupo lançou máscaras com uma tecnologia bactericida e antiviral e até agora já vendeu 2 milhões de unidades. A fabricante de moda íntima destinou metade de sua fábrica em Araraquara, no interior paulista, para a produção desses acessórios.
O material usado na produção dessas máscaras é um fio de poliamida da fabricante Rhodia, que já é usada em algumas peças da linha esportiva da empresa. Camisetas esportivas, por exemplo, recebem a tecnologia para matar as bactérias causadoras do mau cheiro com a transpiração. 
Não foram feitos testes específicos contra o coronavírus, mas o fornecedor garante a eficácia contra vírus encapsulados como é o caso do coronavírus. A eficácia do fio de poliamida Amni®️ Virus-Bac OFF da Rhodia, foi comprovada por laboratório independente, seguindo os protocolos têxteis internacionais contidos na norma ISO 18184 (Determination of Antiviral Activity of Textile Products), diz a empresa.
Lupo lançou as primeiras versões em maio, nas cores preto e branco — como havia pressa para lançar o produto, não foi possível fazer testes com os diferentes corantes para tecidos.

Para Carolina Pires, diretora de marketing e produto, é importante que empresas forneçam máscaras de tecido para os consumidores, para que profissionais de saúde possam ter acesso às máscaras cirúrgicas ou N95. “Mais do que o aspecto comercial, há um cunho social em oferecer máscaras, para permitir que tenha estoque para profissionais de saúde”, diz.
As máscaras serão fornecidas apenas para os franqueados da Lupo e para 30.000 pequenos varejistas que são parceiros no atacado — lojas grandes não receberão o produto. Segundo Pires, é uma forma de dar ao pequeno comércio, bastante impactado pela crise, a chance de comercializar um produto de alta demanda. “É até uma forma de puxar conversa com clientes pelo Instagram ou WhatsApp, oferecer a máscara e vender outros produtos”, diz a diretora.

A Lupo diz que por enquanto está focada na produção de máscaras, mas que pesquisa a fabricação de outros itens com a mesma tecnologia, como meias. “Quem vai voltar a trabalhar ou correr para se exercitar também precisa ter a segurança que não vai trazer o vírus pelos pés.

Fonte: Exame