Estudo revela 1,3 mi de imunizados em SP e Covas aponta estabilidade




O quarto inquérito sorológico, realizado pela prefeitura de São Paulo e divulgado nesta quinta-feira (13), estima que 1,3 milhão de pessoas têm anticorpos para o coronavírus em São Paulo. Trata-se da terceira fase do estudo que terá oito etapas. “Isso significa uma estabilidade da doença na cidade, estamos com o mesmo índice desde a fase número zero, sem aumento nem queda de pessoas imunizadas pelo coronavírus em São Paulo", afirmou Bruno Covas, prefeito da cidade. 

O prefeito destacou que nos quatro inquéritos a prevalência do coronavírus é maior nas periferias da cidade, sobretudo, na zona leste e sul do município. Os números também mostram que a doença afeta mais pessoas da classe D e E do que das classe A e B. Além disso, a pesquisa constatou que, entre pretos e pardos, a doença tem um índice de prevalência 82% maior do que em brancos.
De acordo com a secretária adjunta de Saúde, Edjane Torreão, os dados apontam que na fase zero (realizada até 21 de junho) foram registradas 1,16 milhão de pessoas com anticorpos para o novo coronavírus, na fase um (até 6 de julho), 1,2 milhão de pessoas, na fase três (até 20 de julho), 1,32 milhão e, por fim, na fase quatro (até 6 de agosto), 1,3 milhão de pessoas manifestaram anticorpos para a doença.
Em relação à estimativa de prevalência de covid-19, os levantamentos apontam que na fase zero foi de 9,5%, na fase um de 9,8%, na fase dois, 11,1% e na fase três, 10,9%.

O prefeito afirmou ainda que a pesquisa permite dizer que quem tem apenas o ensino médio tem três vezes mais a doença do que aqueles que possuem o ensino superior. "Importante levar informações sobre o isolamento social, distanciamento e regras sanitárias", disse Covas. "O uso majoritário da máscara tem colaborado para manter os índices estáveis de prevalência e imunização na cidade."
No entanto, nesta última etapa, a prevalência da doença foi maior (17,7%) na faixa etária de 18 a 34 anos. O estudo demonstrou que há uma menor prevalência da doença em idosos. "Essa fase consolida as fases anteriores", afirma a secretária adjunta.
A secretária afirmou que as classes D e E se mantém com três vezes mais chances de ter a doença em relação às demais classes. Além disso, a pesquisa comprova que há maior chance de ter a doença é para pessoas que moram com mais de duas pessoas no mesmo domicílio.
Edjane Torreão afirmou ainda que proporção de assintomáticos se mantém elevada. Na fase três, a proporção de assintomáticos é de 42,5%, na fase dois foi de 39,7%, na fase um, 43,7% e na fase zero, 32,8%. Já em relação à situação de trabalho, quem atua em teletrabalho tem três vezes menos chance de se contaminar. Entre os desempregados e os que trabalham fora de casa há uma prevalência semelhante da doença, de acordo com a pesquisa.
A secretária de saúde afirmou ainda que o aumento progressivo entre as fases zero e dois e o não aumento na fase três não indicam diferença significativa entre as fases, uma vez que os intervalos de sobrepõem.
Questionados se a São Paulo teria atingido a imunidade de rebanho, a secretária adjunta de saúde alertou que ainda não há evidências que comprovem o fato. "Nesse momento, como não temos evidências de termos estamos trabalhando no sentido de controlar a disseminação do vírus na comunidade."

Volta às aulas

Em relação à volta às aulas na cidade, Covas afirmou que ainda não foi definida pela Vigilância Sanitária uma data para o retorno às aulas no município. Para o transporte dos alunos, o prefeito ressaltou que serão levadas em consideração medidas que contemplem distanciamento social e uso de máscara. "Estamos preparando as escolas para o retorno, são mais de 500 escolas em reforma, para que não tenhamos problema com água, banheiros."

Fonte:R7