Motuca registra 2ª morte por Covid; homem de 52 anos era filho de idosa também vítima da doença




Um homem de 52 anos morreu ontem (6) por volta das 19h em decorrência do novo coronavírus (Covid-19). Com histórico de doenças pulmonares, estava internado há cerca de 20 dias em Araraquara. Ele era filho da idosa de 83 anos falecida no dia 23 de julho também pela doença. O enterro foi realizado conforme orientação do Ministério da Saúde, com caixão lacrado e sem velório.

De acordo com informações de familiares, ele vinha recebendo tratamento médico por meio de respiradores, mas há oito dias sua situação de saúde se agravou. Ele veio de São Paulo há cerca de cinco anos para morar com a mãe em Motuca.

Covid em Motuca
De acordo com o último Boletim Epidemiológico divulgado na quarta (5), o município possui um total de 39 diagnósticos positivos desde o início da pandemia, dos quais 32 já se recuperaram e cinco continuam em tratamento em isolamento domiciliar. Existem ainda nove moradores suspeitos de terem contraído a doença e aguardam resultado de exame.

Enterro sem velório
De acordo com protocolo do Ministério da Saúde (acesse), os falecidos em decorrência da COVID-19 podem ser enterrados ou cremados, mas os velórios e funerais de pacientes confirmados ou suspeitos da doença, que juntem muitas pessoas em um ambiente fechado, não são recomendados. Neste caso, o risco de transmissão também está associado ao contato entre familiares e amigos.

Por isso, a cerimônia de sepultamento deve ocorrer em lugares ventilados e, de preferência, abertos. Além disso, a recomendação é que contem com no máximo 10 pessoas, respeitando a distância mínima de, pelo menos, dois metros entre elas, bem como outras medidas de isolamento social e de etiqueta respiratória. Essa recomendação deverá ser observada durante os períodos com indicação de isolamento social ou quarentena pelo gestor local ou federal.

Durante todo o velório o caixão deve permanecer fechado para evitar qualquer contato com o corpo. O protocolo recomenda ainda que seja evitada a permanência de pessoas que pertençam ao grupo de risco: idade igual ou superior a 60 anos, gestantes, lactantes, portadores de doenças crônicas e imunodeprimidos. Além disso a presença de pessoas com sintomas respiratórios também deve ser evitada como, por exemplo, febre e tosse.

A transmissão de doenças infecciosas, como a COVID-19, também pode ocorrer por meio do manejo de corpos. Isso é agravado por uma situação de ausência ou uso inadequado dos equipamentos de proteção individual (EPI). Nesse contexto, os profissionais envolvidos com os cuidados com o corpo ficam expostos ao risco de infecção. Por isso, é fundamental que estejam protegidos da exposição a sangue e fluidos corporais, objetos ou outras superfícies contaminadas. Não são recomendadas autópsias.


Fonte:cenariosocial