Calor castiga quem trabalha nas ruas.

 




CALOR ESCALDANTE: com o tempo seco, quem trabalha na rua é aquele que mais sofre

Com as altas temperaturas registradas nos últimos dias, quem trabalha nas ruas, como os pedreiros, office-boys, carteiros, policiais, entre outros, é aquele que mais sente na pele o calor escaldante. Para suportar o tempo seco, só mesmo com a ingestão de muito líquido, além do uso de bonés e protetor solar.

O pedreiro Tiago Henrique conta que usa um boné na cabeça e nada mais. “Confesso que não faço conta do protetor, mas bebo muita água”, explica o homem que, ao lado de dois amigos, constroem uma casa no Jardim Guanabara. O oficce-boy Felipe Silveira também sofre, já que na maioria das vezes ele está na rua fazendo serviços bancários. “Só me refresco quando entro nos bancos ou qualquer outro lugar que tem ar condicionado, porque na rua não está fácil aguentar tanto calor”, observa o jovem.


O técnico do Centro de Análise e Planejamento Ambiental da Unesp local, Carlo Burigo, afirma que a situação não vai mudar nos próximos dias. Ele observa que na terça-feira (14) a cidade registrou a temperatura máxima de 39 graus, sendo a mais alta dos últimos 12 anos. A umidade relativa do ar continua baixa e na quarta-feira (15) ficou na casa dos 29%, ou seja, em estado de atenção. “Só existe a previsão de chuva e num volume muito pequeno a partir da próxima semana, entre os dias 21, 22 e 23.

Cuidados especiais

A Fundação Municipal de Saúde distribuiu um comunicado a toda a imprensa, informando que o número de atendimentos aumentou nos últimos dias. Segundo os coordenadores da Unidade de Pronto-Atendimento do Cervezão, houve um aumento de 30% no atendimento de pacientes com problemas respiratórios. As principais queixas são asma, bronquite, garganta inflamada, rinite, sinusite e gripe. A Vigilância Epidemiológica da FMS orienta as pessoas a procurarem a unidade de saúde em caso de alergias e irritações provocadas pelo clima.

Segundo as autoridades, diante da estiagem, o prudente é limpar os móveis com pano úmido, assim a poeira é recolhida e não se espalha. Varrer o quintal com fuligem pode causar crises nas pessoas alérgicas, portanto deve-se usar a água da máquina de lavar roupas, em garrafas pet com furos na tampa, e realizar uma varredura úmida.

Sempre que possível mantenha recipientes com água dentro de casa e uma toalha imersa pode ajudar a umidificar o ambiente, porém, no dia seguinte, a água deve ser usada para regar as plantas. Lavar a bacia com bucha e repor a água, evitando criadouro do mosquito da dengue.

Os idosos e crianças se desidratam com muita facilidade, portanto água deve ser oferecida frequentemente. Um acamado, por exemplo, precisa receber líquido em pequena porção, várias vezes ao dia, assim como o cuidador de crianças recém-nascidas precisa ficar atento ao número de vezes que os bebês urinam. Diminuição da quantidade de urina e a cor mais concentrada são sinais de falta de hidratação, por isso é preciso atenção. Atividades físicas devem ser feitas no início da manhã ou no final da tarde. Evitar horários de sol quente. Mesmo assim, se for caminhar, carregar garrafinha de água e tomar aos poucos durante o trajeto.