Idosos eram mantidos em porão de asilo clandestino em Americana

 



A Vigilância Sanitária de Americana interditou neste domingo (27) um asilo clandestino no Parque das Nações, que mantinha idosos em um porão e sem as mínimas condições necessárias. Medicamentos e alimentos fora do prazo de validade foram encontrados na casa.

Três idosos e outras duas pessoas com deficiência estavam alojados no local, que não possui alvará para funcionar. Além disso, havia más condições de higiene e não tinha técnico habilitado para cuidar dos pacientes, segundo a prefeitura.

Idosos foram retirados do local e levados ao HM de Americana – Foto: Gama / Divulgação

Todos foram levados para o Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi para que passassem por exames e os familiares foram contatados. Um boletim de ocorrência foi registrado pela Gama e a prefeitura denunciou a situação ao Ministério Público e ao Conselho Municipal do Idoso.

O caso foi descoberto pela Gama. Uma denúncia levou os patrulheiros ao local na tarde deste domingo. Lá, não encontraram a proprietária. Depois de cerca de dez minutos, um casal chegou, junto com duas crianças.

As informações são do patrulheiro Cauê Spagnol, que esteve na ocorrência. “Primeiro ela negou, falou que cuidava deles por um tempo, depois ela já falou que recebia realmente um salário mínimo de cada um. Não tinha alvará, ela não é técnica em nada, não tem experiência, não tem curso de cuidadora”, disse ao LIBERAL.

Ele estava acompanhado dos patrulheiros Juliana e Miranda. Segundo Cauê, os pacientes ficavam na parte de baixo da casa.

“Lá é uma casa de uma família, é como se fosse um porão na parte de baixo. Ela dividia os cômodos com aquelas divisórias de escritório, colocou umas camas lá e tinha um pessoal dormindo”, acrescenta o guarda.

Os cinco pacientes foram encontrados em situação insalubre. “Tinha mais de 50 tipos de remédios vencidos. Uma sacola enorme mesmo. Tinha vários pães vencidos, outros tipos de alimentos. O cheiro era de fezes e urina lá embaixo, onde eles ficavam”.

Além disso, a paciente do sexo feminino ficava no mesmo “quarto” que um homem. De acordo com a coordenadora da Vigilância Sanitária, Eliane Ferreira, os residentes foram encaminhados para o serviço de assistência médica e foi lavrado um auto de infração por falta de licença de funcionamento sanitária.

A instituição será investigada pela Vigilância, podendo a qualquer tempo ser lavrada uma nova penalidade. A responsável pela instituição terá o prazo de dez dias para apresentar sua manifestação através de recurso.


Fonte: O Liberal