Internações em UTI no Estado de São Paulo superam pico da pandemia

 




As internações em UTI (Unidades de Terapia Intensiva) no Estado de São Paulo superaram o pico da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), em julho do ano passado.

Entre casos suspeitos e confirmados para Covid-19, há 6.410 pessoas internadas em São Paulo nesta segunda-feira, com taxa de ocupação em 67,9%. O máximo registrado na pandemia haviam sido 6.257 internados.

As novas internações passaram de 1.457 para 1.538 entre a sexta e a sétima semana epidemiológica do ano. Secretário de Saúde, Jean Gorinchteyn disse que o volume de novos pacientes internados é semelhante às cifras de maio, quando teve início a ascensão de casos e hospitalizações.

O secretário lembrou que o número de internações é o dado mais atualizado para indicar a situação da pandemia.

“Na primeira onda, a maior ocupação de leitos de UTI atingiu 6.257 pacientes, portanto ultrapassamos o maior número da história da pandemia. Fazendo com que haja uma atenção ainda maior, principalmente pelo contato aumentado em algumas regiões do estado”, finalizou o secretário.

Secretário-executivo do Centro de Contingência, João Gabbardo disse que o interior preocupa em função dos números crescentes de internações, principalmente na região de Araraquara, que identificou circulação comunitária de variante do coronavírus.

Gabbardo analisou que o aumento de novos casos de UTI não foi tão significativo no estado, mas que as taxas de ocupação têm se mantido acima do que era registrado na primeira onda.

“O que pode significar não ter um crescimento tão grande de novas internações, mas tão significativo de internados? Gravidade. Pode significar que pacientes estão internando em condição mais grave, que exige tempo maior de utilização dos equipamentos de UTI. Essa é a grande preocupação”, disse o médico.

Vacinação deve começa a reduzir mortes só em abril
A imunização contra o novo coronavírus deve começar a fazer as mortes caírem apenas em abril. A estimativa foi feita pelo Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

Ele considerou que a população acima de 60 anos, que concentra 77% dos óbitos por coronavírus, é estimada em 40 milhões de pessoas no país.

Levando em conta apenas a Coronavac, vacina do Butantan em parceria com a chinesa Sinovac, serão necessárias 80 milhões de doses para proteger esse público. Além disso, o indivíduo vai estar protegido cerca de 45 dias após a aplicação da primeira dose (e 15 após a segunda).


Fonte: O LIBERAL