O senador Major Olímpio (PSL-SP), que morreu aos 58 anos por complicações de covid-19, em São Paulo, teve sua vida e atuação políticas voltadas ao tema da segurança pública e em defesa dos órgãos que atuam nessa área, como as polícias e as guardas municipais.
Sérgio Olímpio Gomes nasceu em Presidente Venceslau (SP), em 1962. Ingressou na Polícia Militar em 1978, onde exerceu funções por 29 anos, alcançando a patente de major. Nesse período, foi presidente da Associação Paulista dos Oficiais da PM de SP e diretor da Associação dos Oficiais da PM.
Paralelamente, dedicou-se aos estudos e a diferentes atividades. Foi bacharel em ciências jurídicas e sociais, jornalista, professor de educação física, técnico em defesa pessoal, instrutor de tiro e autor de livros voltados para a questão da segurança.
Em 2006, foi eleito deputado estadual em São Paulo com 52.386 votos – seu primeiro cargo na política. Depois, foi reeleito em 2010, com 135.409 votos. Atuou como líder da bancada do PDT, seu partido à época, na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo).
Tornou-se deputado federal em 2015. Um ano depois, Olímpio ganhou destaque na imprensa por gritar seguidas vezes a palavra “vergonha” durante cerimônia em que a então presidente Dilma Rousseff (PT) dava posse ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. Lula era alvo da Operação Lava Jato, naquele momento.
Ainda na Câmara, Olímpio apresentou projeto para que as guardas municipais sejam reconhecidas atividades insalubres para todos os fins, inclusive previdenciários.
Após filiar-se ao PSL, em 2018, Olímpio assumiu o posto de senador, em 2019. Na nova Casa, apresentou projetos como o que obriga condenados que saiam temporariamente das unidades prisionais para prisão domiciliar ou cumprimento de medida cautelar a usar e custear dispositivo de monitoramento eletrônico, como as tornozeleiras.