Vereadores derrubam requerimento que pedia tratamento precoce contra a Covid em São Carlos




Por 11 votos contrários e seis favoráveis, a Câmara de São Carlos rejeitou, na tarde desta terça-feira (20), um requerimento do vereador Moisés Lazarine (PSL), que determina a implementação do tratamento imediato a pacientes com covid-19. Apenas os vereadores Bira (PSD), Cidinha do Oncológico (Progressistas), Malabim (PTB), Moisés Lazarine (PSL), Sérgio Rocha (PTB) e André Rebello (DEM) foram a favor do documento.


Um dos vereadores contrários foi Gustavo Pozzi (PL). Segundo ele, a prerrogativa do Legislativo não é determinar o uso de medicamentos. “Eu tenho dúvidas. Essa iniciativa não é prerrogativa da Câmara, mas do Executivo. A maior competência sobre o uso do tratamento precoce é a do médico”, pontuou.


Moisés Lazarine discordou. Na opinião dele, os vereadores não compreenderam a proposta. “Nós já votamos aqui requerimentos de várias vertentes e questionamentos ao Poder Executivo. A gente sabe que o requerimento não tem poder de impor algo ao Executivo. O problema é que o nível de politização desse assunto derrubou esse requerimento que apenas solicitava informações”, desabafou.


O documento


O requerimento do vereador Lazarine elenca uma série de medicamentos como Sulfato de Hidroxicloroquina (+ Zinco Elemento), Ivermectina, Azitromicina, Dutasterida, Bromexina, Difosfato de Cloroquina, Enoxaparina, Cefuroxima Axetil, Dexametasona, Cefuroxima Axetil, Doxiciclina, Bromexina e Nitazoxanida que, segundo ele, empiricamente, apresentaram bons resultados quando corretamente prescritos ao tratamento imediato.


Para Moisés Lazarine, o tratamento inicial tem o propósito de reduzir a carga viral nos pacientes acometidos pela covid-19. Ele citou uma série de municípios que adotaram o tratamento, de acordo com ele, com êxito. Também destacou que o “isolamento social e lockdown não são suficientemente eficazes e não impedem completamente a ocorrência de novos casos”.


Em sua fala, o vereador Djalma Nery (PSOL) foi enfático. Citando pesquisas, ele disse que o tratamento precoce pode aumentar o risco de morte em indivíduos.  Nery enfatiza que os médicos e gestores públicos que defendem o tratamento alternativo vão pagar com os cargos e registros profissionais. Ele deixou um recado ao prefeito Airton Garcia (PSL), caso adote o tratamento precoce: “Se o prefeito brincar de estabelecer o tratamento precoce vai responder por crime de improbidade, perder o cargo”, comentou.


Fonte: São Carlos Agora