Número de atendimentos de Covid-19 na UPA da Vila Xavier volta ao patamar de fevereiro

 



São quase 400 pacientes atendidos por dia, índice semelhante ao período em que o lockdown precisou ser decretado, no início do ano

 


O número de atendimentos de pacientes suspeitos de Covid-19 na UPA da Vila Xavier cresceu nas últimas semanas e atingiu o patamar registrado em fevereiro, o pior momento da pandemia. São quase 400 pacientes atendidos por dia.

A UPA da Vila Xavier é o polo de triagem para casos gripais e que podem ser causados pelo coronavírus. O pico de atendimentos na unidade de saúde ocorreu em 8 de fevereiro (duas semanas antes do lockdown), quando 417 pessoas procuraram o polo de triagem.

Com as medidas mais restritivas de isolamento social adotadas entre 21 de fevereiro e 2 de março, a quantidade de pacientes que procuraram a UPA foi caindo gradativamente e ficou entre 100 e 200 pacientes entre os meses de março e abril — 18 de abril registrou o menor índice, com 104 pessoas atendidas.

Os números voltaram a crescer em maio, ultrapassando a barreira dos 300 pacientes diários. Em 31 de maio foram 369 atendimentos. Na última quarta-feira (9), 348.

A piora da pandemia também é vista por meio de outros índices. A média móvel de casos diários de Covid-19 chegou a 165, maior número desde 2 de março. E os pacientes infectados e em quarentena (isolamento domiciliar) são 1.056, o índice mais alto desde 3 de março.

Com a vacinação ainda lenta em todo o Brasil, o País e o estado de São Paulo vivem o risco de uma terceira onda da Covid-19. Em Araraquara, 29,70% da população tomaram ao menos uma dose da vacina, enquanto 15,93% estão completamente imunizados com as duas doses. O andamento da imunização na cidade segue os planos nacional e estadual de vacinação.

Pior dia da pandemia


Os 281 casos de coronavírus registrados nesta quinta-feira (10) representam o pior dia da pandemia em relação às contaminações. Desde março do ano passado, nove dias tiveram mais de 200 casos confirmados, sendo sete no último mês de fevereiro e dois neste mês (em 4 de junho foram 252 casos, o pior dia até então).

Também nesta quinta, o município atingiu pela segunda vez o índice de lockdown previsto em decreto (o primeiro foi na terça-feira), com 22,97% das amostras gerais e 29,65% de positivação entre os sintomáticos que procuraram o sistema de saúde.

O decreto municipal em vigor, construído com especialistas em epidemiologia e com participação da OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), prevê que o fechamento das atividades econômicas ocorrerá se houver a positivação de 20% das amostras totais ou 30% dos sintomáticos em 3 dias seguidos ou em 5 dias dentro de intervalo de 7 dias. O lockdown seria de, no mínimo, 7 dias.