Presos voltam a receber visitas e sindicato cobra testagem em massa

 






Os presos das 178 presídios do Estado de São Paulo vão voltar a receber visitas presenciais neste final de semana (10 e 11), conforme decisão da SAP (Secretaria de Administração Penitenciária).

Na RPT (Região do Polo Têxtil), são cerca de sete mil presos nas unidades de Americana, Hortolândia e Sumaré.

A pasta alegou o direito à lei de visitas, citando a importância do “contato externo para a ressocialização e reintegração do reeducando”, e a “manutenção da ordem e disciplina nos presídios” como argumentos para a retomada das visitas .

As visitas estavam suspensas por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19) e serão realizadas com restrições. Aagora, as visitas ocorrerão por um período máximo de duas horas (das 9h às 11h e das 13h às 15h).

A visitação está restrita a apenas uma pessoa por reeducando, devidamente cadastrada, e limitada a maiores de 18 anos, sendo que pessoas com 60 ou mais ou integrantes de grupo de risco devem comprovar que foram vacinadas e após o período de, ao menos, 20 dias da segunda dose.

Nesta quarta, voltaram ao trabalho os servidores penitenciários que estavam afastado por estarem no grupo de risco, após resolução da SAP no último sábado (3).

Sindicato ameaça ir à Justiça

Em nota, o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) declarou que a retomada das visitas representa um grande risco de novos surtos dentro do sistema carcerário, “principalmente com o registro da chegada de novas variantes”.

O sindicato defende que a SAP faça uma testagem em massa periódica, a fim de identificar casos positivos e novos testes em que já foi imunizado.

“Sem a testagem em massa e a comprovação da eficácia da imunização, o retorno das visitas e dos trabalhadores do grupo de risco pode resultado em um quadro desastroso de mais mortes pela doença entre os servidores. A SAP não respondeu nossos pedidos nesse sentido e, por isso, o sindicato deve tomar as medidas judiciais cabíveis”, declarou o presidente Fabio Jabá.

Até o momento, 116 policias penais e servidores da SAP perderam a vida por conta do coronavírus. A SAP não respondeu ao LIBERAL se vai atender os pedidos do Sifuspesp.


Fonte:O LIBERAL