Universitária que estava desaparecida presta queixa e garante que era torturada pelos pais





A universitária da UFSCar, Ana Beatriz Carvalho Moura, 21 anos, dada como suposta desaparecida desde o dia 2 de julho, prestou queixa crime contra os seus pais na tarde de sábado, 17, ao comparecer no plantão policial e elaborar boletim de ocorrência, solicitando inclusive medida protetiva contra eles, os quais acusa de tortura.


Ela relatou em boletim de ocorrência que sofre agressões e pressão psicológica desde quando tinha 1 ano de idade. Ela informou que inicialmente a mãe a agrediu até quase perder a consciência. As surras ocorriam até ela completar 15 anos. A partir daí as torturas seriam psicológicas.


Após conseguir entrar em uma universidade mudou-se para São Carlos e na última vez que foi para a casa da mãe, dia 1º de junho, teria sido proibida de sair, ficando em cárcere privado. Porém conseguiu.


Dias depois retornou para pegar seus pertences e retornou para São Carlos e desde então não teve mais contato com a mãe que sabia a cidade onde a estudante residia.


Com relação ao pai, a universitária relatou que ele é separado desde quando tinha 1 ano de idade e que naquele dia que foi dada como desaparecida, foi até a casa dele para contar o que teria ocorrido com ela e pedir ajuda. Naquele cidade foi até sua casa, em Ituiutaba/MG.


Porém, Ana Beatriz teve conhecimento que o pai passava as informações para a mãe do seu paradeiro e ameaçou agredi-la e posteriormente ofende-la, chegando a dizer que ela não era capaz de concluir sua graduação.


Desde então, Ana Beatriz veio para São Carlos com o intuito de se proteger dos próprios pais que começaram a divulgar nas redes sociais que ela estaria desaparecida.