Cidade do Interior vive noite do terror como a que já aconteceu em Araraquara

 



O escudo humano com reféns, o número de explosivos utilizados e o tempo da ação chamaram a atenção da polícia de Araçatuba na manhã desta segunda-feira (30). O delegado do Deic da cidade no interior de São Paulo, Carlos Henrique Cotait, afirmou que a polícia trabalha, no momento, para retirar os explosivos do local.

Mais de 50 homens fortemente armados fizeram reféns e assaltaram agências bancárias na madrugada desta segunda-feira. Com explosivos, eles destruíram as instituições para praticar os roubos. A ação começou por volta de meia-noite. A polícia confirmou três mortes até o momento.

"O local está com muitos artefatos explosivos, estamos esperando o Gate para detonar as bombas que estão nos locais. Nem a perícia nem a equipe de investigação conseguem trabalhar até que seja realizada a retirada desse material. O local foi isolado", diz Cotait.

O assalto às instituições bancárias desta segunda-feira teve algumas semelhanças com o roubo ocorrido em 2017 na mesma cidade. "Foi um pouco parecido, mas em 2017 não teve escudo humano. A ação desta madrugada demorou quase 2 horas. O que chamou atenção foi o número de explosivos nas duas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Não dá pra numerar, varredura será feita. Vamos analisar imagens."

De acordo com o delegado, a Polícia Militar está no principal local de fuga. Na ação, foram usados carros de luxo e blindados. O policiamento foi reforçado na região, com uso de helicóptero e auxílio de equipes de outras cidades do interior paulista.

O prefeito da cidade, Dilador Borges, disse que a troca de tiros durante o tempo da ação foi intensa. Segundo ele, escolas da rede municipal e estadual terão as aulas suspensas nesta segunda-feira. "Estou a três quarteirões do centro e depois da 00h não dormi porque o tiroteio se prolongou muito. A polícia militar preservou essas pessoas que foram feitas reféns e agiu com rigor, preservando a vida das pessoas", afirmou o prefeito.

Pelas redes sociais, moradores da região relataram as horas de terror. Quem passava pelo local no momento do assalto foi feito refém. As vítimas foram usadas como escudos humanos e amarradas na parte externa dos carros. A base do Baep (Batalhão de Ações Especiais de Polícia) também foi atacada com tiros de fuzil.


Fonte:R7