Governo mantém previsão de PIB, mas vê inflação de 7,9% em 2021

 




O Ministério da Economia atualizou nesta quinta-feira (16) suas expectativas para a economia em 2021. Enquanto o relatório manteve a previsão de crescimento do PIB em 5,3%, aumentou de 5,9% para 7,9% a aposta de inflação para o período entre janeiro e dezembro.

Caso as expectativas sejam confirmadas pelos dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) vai encerrar o ano acima do teto da meta estabelecida pelo governo em 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual. 

Neste ano, o teto da meta para a inflação (5,25%) foi furado pela primeira vez e março e nunca mais recuperado. Atualmente, o índice de preços figura em 9,68% nos 12 meses encerrados em agosto, patamar mais de 4 pontos percentuais superior ao teto.

A manutenção da expectativa de crescimento da produção de bens ou serviços ocorre mesmo após o PIB recuar 0,1% no segundo trimestre do ano. De acordo com o relatório, o salto de 12,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, o mais afetado pela pandemia, indica para uma recuperação da economia nacional.

"As projeções apontam que o setor de serviços contribuirá de forma robusta para a recuperação econômica no segundo semestre de 2021, concomitantemente ao avanço da vacinação em massa e à flexibilização das restrições às atividades de serviços, alguns dos quais ainda não retomaram o nível pré-pandemia", diz o relatório da SPE (Secretaria de Política Econômica).

O PIB nominal projetado para este ano, de R$ 8,7 trilhões, é 16% maior do que valor apurado em 2020. De acordo com o Ministério da Economia, a alta ocorre devido ao aumento do crescimento real em 5,3% e a aceleração do deflator do PIB para 10,45%.

Para de 2022, a projeção de crescimento do PIB é de 2,5% com a aposta nos efeitos positivos das reformas pró-mercado e do processo de consolidação fiscal. Sobre o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção de IPCA passou de 3,5% para 3,75%. A partir de 2023, a aposta converge para a meta: 3,25% em 2023 e 3% de 2024 em diante.

“As reformas pró-mercado e medidas de consolidação fiscal, que foram e estão sendo aprovadas, lançam bases para o crescimento sustentável do país no longo prazo. As reformas estruturais e os novos marcos legais possibilitam maior eficiência da economia e permitem que o investimento privado busque as melhores oportunidades”, afirma o documento.

Fonte>R7