Volta da vacinação a adolescentes teve base em estudos, diz Saúde

 



O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Moreira da Cruz, afirmou nesta quinta-feira (23) que a decisão do governo federal em retomar a vacinação contra Covid-19 para adolescentes teve como justificativa uma série de análises que apontaram não haver relação entre a morte de um adolescente a imunização. “Chegamos a conclusão de a vacina não tem relação com o óbito. Então os benefícios da vacina superam eventuais riscos de efeitos adversos”, afirmou o secretário.

O Ministério da Saúde recuou e decidiu retomar a vacinação os adolescentes de 12 a 17 anos sem combordidades. A medida cautelar da semana passada que interrompia a vacinação dessa faixa etária foi suspensa.

Uma nota informativa da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 da pasta, divulgada na noite no último dia 15, informava que a pasta não recomendava a vacinação de crianças e adolescentes menores de 18 anos sem comorbidades. A nota informativa mudava a recomendação anterior, de 2 de setembro, de vacinação deste público.

Queiroga
O secretário-executivo do Ministério da Saúde também falou sobre o estado de saúde do ministro Marcelo Queiroga, que foi diagnosticado com Covid-19. Segundo Moreira da Cruz, o chefe da pasta está bem e não há previsão para seja transferido para hospital. O ministro está sendo monitorado e conta com apoio apenas do consulado brasileiro. Como está isolado, nenhum assessor está com ele.

"O ministro Marcelo está bem, está isolado em Nova York, vai passar a quarentena lá para se recuperar. Tenho conversado com ele diariamente, conversei com ele ontem, no finalzinho do dia. Ele esteve febril, mas já estava bem, sem febre. Hoje de manhã eu mandei WhatsApp, mas ainda não me respondeu, mas tenho certeza de que em breve responderá. Estamos todos na torcida para a rápida recuperação."

Segundo Moreira da Cruz, as iniciativas que mostraram ser segura a retomada da imunização a adolescentes envolveram até mesmo órgãos internacionais, como a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

“Foi encomendado pelo ministro Marcelo Queiroga um grupo de trabalho composto por Anvisa e o Ministério da Saúde. Foram in loco, a partir de dados primários, para que pudessem coletar as informações. E a gente teve uma iniciativa internacional, composta por integrantes da OMS, integrantes da OPAS, integrantes do próprio país”, afirmou.

O secretário disse que a própria Pfizer, fabricante do único imunizante autorizado para adolescentes, enviou um relatório apontando que a vacina é segura. “Por isso decidiu-se então ontem retomar e suspender essa medida cautelar.”

Moreira da Cruz afirmou que o ministério quer avançar na vacinação para adultos, na terceira dose de idosos que tomaram a segunda dose há mais de seis meses e na aimunização de adolescentes com comorbidade. "Avançando esse grupo, aí sim a recomendação do Ministério da Saúde é que a gente avança os adolescente sem comorbidades."

Fonte:R7