Justiça nega liberdade para suspeitos de estupro coletivo

 


Os três suspeitos de um estupro coletivo contra uma jovem de 25 anos em Águas Lindas (GO), no último sábado (9), vão continuar presos. O Tribunal de Justiça de Goiás negou o pedido da defesa dos investigados para a concessão de liberdade provisória sem fiança.

"O plantão judiciário não se destina ao reexame de matéria já apreciada, e, no caso, o pedido de concessão da liberdade provisória do requerente já fora examinado em sede de plantão judiciário, nos autos de prisão em flagrante, ausente alteração fática que justifique o seu reexame neste momento", escreveu o juiz Leonardo Lopes dos Santos Bordini na decisão.

A prisão em flagrante do trio foi convertida em preventiva depois de um pedido do Ministério Público de Goiás (MPGO). A vítima dos abusos sexuais reconheceu o trio na 17ª Delegacia de Polícia, que assumiu o caso no fim de semana. Agora, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Goiás vai dar continuidade às investigações. 

Segundo a delegada Tamires Teixeira, o foco da apuração é identificar os outros envolvidos no caso. "Trabalhamos com prazo muito curto. (O inquérito) tem que ser remetido para o judiciário em 10 dias", explica. "Nossa meta agora é identificar esses outros autores e conseguir prendê-los".

Um dos homens presos é um subtenente da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Por estar detido, não está trabalhando, e com isso, segue afastado do serviço, mas não houve afastamento oficial. O irmão dele também está entre os suspeitos presos. Procurada, a PMDF não informou se vai aplicar outras sanções ao militar.

Violência sexual
Em depoimento à polícia, a vítima relatou que participava de uma festa em uma casa no Setor 1, de Águas Lindas. Pela manhã, depois de ter bebido e usado narguilé, duas mulheres indicaram um quarto em que ela poderia descansar. Foi então que a sequência de abusos começou.

O subtenente teria entrado no quarto, acordou a vítima, a ameaçou com uma arma, e a estuprou. Em seguida, outros cinco homens se revezaram em uma série de abusos sexuais ao longo de toda a manhã, segundo relato da mulher. Ela contou que enquanto as agressões ocorriam, ela pediu socorro, mas não teve ajuda de nenhum dos frequentadores da festa.

Mantida em cárcere privado, ela aproveitou um momento de distração dos agressores para escapar do local. Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e atendida no Hospital Municipal Bom Jesus. O exame de corpo delito feito em seguida no Instituto Médico Legal (IML) atestou as violações.

Depois da denúncia, os suspeitos foram presos na casa onde os estupros teriam ocorrido. 

Fonte:R7