Equipamento portátil para o tratamento do câncer de pele (carcinoma basocelular) – Tecnologia desenvolvida no Instituto de Física de São Carlos – USP – Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica







Os pesquisadores e técnicos do Instituto de Física de São Carlos – IFSC – USP - Grupo de Óptica, em parceria com o Hospital Amaral Carvalho ( Jaú –SP), pesquisaram e desenvolveram um dispositivo portátil que pode abrir caminho para o tratamento do câncer de pele de forma prática e eficaz. O procedimento e uso da técnica(PDT) e equipamento poderá ser realizado pelos próprios pacientes em suas residências, com acompanhamento médico, e com a velocidade necessária para o tratamento deste importante e grave doença.

 

A terapia fotodinâmica (TFD) é uma opção de tratamento tópico para muitas lesões de pele, incluindo alguns tipos de lesões malignas e pré-malignas. Para esse tratamento é necessário um fármaco, chamado de fotossensibilizador (FS), uma luz vinda de LED ou um laser adequado para excitar o FS e gerar espécies reativas de oxigênio que destruirão as células doentes. O protocolo de tratamento utilizado atualmente no Hospital Amaral Carvalho consiste em duas sessões de TFD realizadas em um mesmo dia, com eficácia de aproximadamente 95% na eliminação das lesões. No entanto, para a realização das duas sessões de TFD, o paciente permanece um longo período no hospital, cerca 7 horas. 

 

O câncer de pele é uma doença que acomete, principalmente, pacientes idosos, que sofreram mais exposição solar ao longo da vida. Estes pacientes comumente apresentam outras comorbidades, além de muitas vezes viajarem longas distâncias para chegar ao hospital. Pensando em dar maior conforto a estes pacientes, o Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) – Centro de Pesquisa em Óptica e Fotônica (CEPOF) em parceria com o Hospital Amaral Carvalho desenvolveu um novo equipamento para que parte do tratamento possa ser realizado em casa. Com esse equipamento o paciente pode ser dispensado após a primeira sessão de tratamento, diminuindo em cerca de 2 horas o tempo necessário de permanência no hospital.  

 

Com o novo equipamento a segunda iluminação é mais demorada que a realizada com o equipamento comercial no hospital (ao invés de 20 minutos são necessárias 2 horas). Porém, o paciente realizará parte do tratamento no conforto de casa, e a luz menos intensa do novo equipamento também tornará o tratamento menos doloroso.

 

A menor permanência dos pacientes no hospital também contribuirá para que mais pacientes possam receber o tratamento, um fator muito importante uma vez que o câncer de pele é o câncer que possui maior incidência no Brasil. Assim como a equipe médica ter mais disponibilidade para realizar procedimentos que não podem ser realizados fora do hospital. 

 

Um estudo randomizado controlado está sendo realizado para o tratamento de 200 pacientes utilizando o novo equipamento. Mirian D. Stringasci e Michelle B. Requena são as pesquisadoras do CEPOF – IFSC - USP diretamente envolvidas com esse projeto, sob supervisão do professor Dr. Vanderlei Salvador Bagnato (Coordenador do CEPOF – IFSC – USP) e a dermatologista Dra. Ana Gabriela Salvio ( Hospital Amaral Carvalho de Jaú). 

 


     

Pesquisadores CEPOF –  INCT - IFSC - USP: Mirian D. Stringasci , Michelle B. Requena, Dr. Vanderlei Salvador Bagnato e a  Dra. Ana Gabriela Salvio.

 

Fontes: Pesquisadoras  CEPOF – INCT – IFSC – USP:  Mirian D. Stringasci , Michelle B. Requena, Dr. Vanderlei Salvador Bagnato – Coordenador do CEPOF – INCT – IFSC - USP,  Dra. Ana Gabriela Salvio – Hospital Amaral Carvalho, e Kleber Jorge Savio Chicrala – Coordenador de Jornalismo Científico do CEPOF – INCT – IFSC – USP  


Fonte: São Carlos Agora