Rodrigo Garcia diz que não será candidato ao governo e deixa gestão Doria

 




O vice-governador Rodrigo Garcia afirmou, nesta quinta-feira (31), que não será candidato à sucessão de João Doria (PDSB) e deixa o governo estadual. A movimentação ocorreu logo após o governador João Doria (PSDB) afirmar a aliados que desistiria de se candidatar à Presidência da República. O pronunciamento oficial deve acontecer em uma coletiva de imprensa marcada para as 16 horas de hoje.

Em discussão com Doria sobre sua decisão de permanecer no governo paulista, Garcia teria dito que, nessas condições, não seria candidato à sucessão do tucano. Em 2018, Doria acordou com o vice que deixaria a cadeira para ele. No ano passado, Rodrigo deixou o DEM, legenda de que fazia parte, para se filiar ao PSDB.

Doria tinha uma série de compromissos que foram cancelados de última hora. Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Governo de São Paulo informou as mudanças de agenda. "Ao contrário do previsto anteriormente, o governador não irá mais até o Edifício-Monumento do Novo Museu do Ipiranga, ao Parque da Cidadania em Heliópolis e à B3. Apenas essa agenda da B3 está mantida, mas sem a presença dele".

A participação do governador foi confirmada apenas no 4º Seminário Municipalista, no Palácio dos Bandeirantes, às 16h. Na ocasião, está previsto um pronunciamento dele à imprensa. Na coletiva desta quarta-feira (30), sobre medidas contra a Covid-19, Doria evitou antecipar informações sobre a candidatura.

Nesta manhã, o governador de São Paulo teria surpreendido aliados e auxiliares ao comunicar que desistiu de concorrer à Presidência. A expectativa era que ele deixasse o cargo no Executivo paulista até o dia 2 de abril.

O fato teria pego de surpresa também o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que era apresentado por Doria como CEO do governo e assumiria o cargo. Garcia chegou a pedir demissão da Secretaria de Governo. Segundo aliados, o governador deve ainda anunciar a saída do PSDB e que não vai tentar a reeleição ao Governo de São Paulo.

Na noite desta quarta-feira, em jantar com amigos, empresários, aliados e secretários, sem a presença de Garcia, Doria havia sinalizado, em discurso, que poderia abrir mão da disputa. "Não faço imposição do meu nome, pelo contrário. Não parto do pressuposto que tem que ser eu. É preciso ter grandeza e espírito elevado", afirmou o governador paulista.

fonte:R7