Em Mogi das Cruzes-SP, menino de 11 anos morre após ser picado por cobra

 



Criança estava internada no Hospital Luzia de Pinho Melo desde o início de outubro. Família reclamou da demora no atendimento.

Um menino, de 11 anos, que foi picado por uma cobra morreu nesta segunda-feira (17/10), em Mogi das Cruzes-SP. A criança estava internada na UTI do Hospital Luzia de Pinho Melo desde 6 de outubro. As informações são do Rápido no Ar.

Menino ficou internado depois de picada de cobra em Mogi das Cruzes | Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação

O menino foi picado em um terreno no Distrito de César de Sousa quando brincava com alguns amigos. Segundo a mãe do garoto, Marcela Delfino, este não foi o primeiro caso no bairro e não sabe ao certo qual a espécie da cobra que picou o filho.

De acordo com a mãe de João Victor Laurentino, houve demora no atendimento da criança. Ela relatou que desde a hora que o garoto foi picado até o momento em que ele recebeu o soro antiofídico, para combater os efeitos do veneno, se passaram mais de sete horas.

Eu peguei para socorrer ele até o UPA, isso era umas sete e pouco. Me enfiaram dentro de uma sala, o médico foi e deu uma bolsinha de soro para ele. O menino vomitando. Aí eu fui e pedi uma ambulância para levar mais rápido para o SUDS [Luzia de Pinho Melo]. Nessa a mulher disse para esperar um pouquinho que já vem e já ia fazer uma hora e pouco que estava lá”, relatava Marcela.

Segundo a mãe, a ambulância chegou por volta das 22h e a criança já estava “apagada”, com o olho fechado. “Correram com ele para o Suds e quando chegou ficaram com ele e foram dar o soro do veneno era 3h30”, contou.

A Prefeitura de Mogi das Cruzes informou que o soro não estava disponível em nenhuma unidade de saúde municipal. Além disso, a administração afirmou que o Hospital Luzia de Pinho Melo é referência para todo o Alto Tietê na administração do soro contra o veneno da picada de cobra.

A Secretaria Estadual de Saúde informou que o paciente recebeu toda a assistência assim que chegou ao Hospital Luzia de Pinho Melo. Questionada sobre a demora da administração do soro, a Secretaria destacou que a unidade é referência na região para esse tipo de atendimento e tinha o soro antiofídico disponível. Além disso, segundo a secretaria, a criança também passou por hemodiálise.