Usina Tamoio fecha as portas




Grupo Raízen encerra atividades de duas unidades e demite 250 funcionários

Da redação

O grupo investidor do setor sucroalcooleiro, Raízen, proprietário da Usina Tamoio de Araraquara, resolveu encerrar as atividades da unidade e demitiu cerca de 250 funcionários nessa segunda-feira (13). Além da unidade local, outra usina de cana-de-açúcar localizada na cidade de Dois córregos, também foi fechada temporariamente pelo grupo.
Os funcionários da Usina Tamoio ficaram sabendo da dispensa no momento em que chegaram à empresa para trabalhar. Moradores de Araraquara, São Carlos e Ibaté, que perderam os empregos, foram colocados nos ônibus e retornaram para suas casas, na manhã de ontem.
A empresa alega que a decisão foi tomada devido a menor disponibilidade de cana-de-açúcar nestas regiões e visa a otimização logística e de produção.
Em nota, o grupo informa que, inicialmente, as atividades serão interrompidas por um período de dois anos e a cana-de-açúcar que era destinada as unidades de Araraquara e Dois Córregos serão redirecionadas para outras unidades do grupo. Ressalta também que a decisão não afetará a moagem e não trará prejuízos a operação agrícola própria e dos fornecedores de cana da empresa.

Posição da prefeitura
O prefeito Edinho, na manhã dessa segunda-feira (13), foi informado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Araraquara e Região, por meio do seu presidente, Antônio Gonçalves, que a Usina Tamoio estava demitindo os seus trabalhadores e desativando a unidade.
Imediatamente, o prefeito acionou a direção do Grupo Raízen solicitando informações e sobre a possiblidade de se reverter a situação.
A direção do grupo se comprometeu a realizar, o mais breve possível, uma reunião com o Chefe do Executivo para formalizar a posição da empresa. Mas, já antecipou que o quadro não é de fechamento de unidade.
"É lamentável a suspensão, mesmo que temporária, das atividades da Usina Tamoio. São centenas de empregos, famílias que, a partir de hoje, sofrerão com o desemprego. Não podemos aceitar. Já me coloquei à disposição do Sindicato para lutar contra essa situação que nos entristece”, declarou Edinho.
O prefeito de Araraquara aguarda a reunião sugerida pela direção do grupo Raízen para entender o que de fato está acontecendo.

texto  e fotos: Jornal O Imparcial Araraquara