Após picada de escorpião, médicos da Santa Casa salvam menina de 14 anos




A adolescente Maria Giulia Casemiro Chiquito, de 14 anos, tem aproveitado a quarentena para passar parte do tempo com o pai, em Tietê, e parte do tempo com a mãe, em Boituva. No entanto, no dia 15 de maio, um grave incidente aconteceu em sua vida: naquela manhã, na casa do pai, ao calçar o tênis, ela foi picada por um escorpião e, horas mais tarde, entrava em falência cardíaca.
Após picada de escorpião, médicos da Santa Casa salvam menina de 14 anos
Foto: Divulgação.
“Assim que ela levou a picada e me chamou, corri para onde ela estava, matei o escorpião e o levei junto para a Santa Casa. Ao chegar no hospital, deram para minha filha um soro de bloqueio e, depois de ficar em observação, nos deram alta. Voltamos para casa, mas algumas horas depois ela começou a passar mal de novo e tivemos que retornar ao hospital. Ao dar entrada, os médicos perceberam que a situação era grave e pediram transferência imediata para a Santa Casa de Piracicaba“, disse o pai Fabiano Chiquito.
Segundo ele, Maria Giulia teve uma parada cardíaca de 5 a 6 minutos e chegou desfalecida em Piracicaba. No entanto, a equipe da Santa Casa já estava preparada para recebê-la e o atendimento foi rápido. A garota precisou do soro antiescorpiônico — remédio que, em toda a região, apenas a Santa Casa de Piracicaba possui.

A pequena Maria Giulia teve que ir para a UTI, e, em seguida, à UCO (Unidade Coronariana) da Santa Casa de Piracicaba. As 48 horas seguintes eram cruciais para a evolução ou regressão da falência cardíaca. Felizmente tudo deu certo.
A mãe da pequena Maria Giulia, Célia Casemiro, foi avisada por Fabiano assim que eles deram entrada na unidade em Piracicaba. “Entrei em choque, em desespero. Precisei pedir para alguém me levar até Piracicaba, pois eu não teria estrutura para passar por outra perda”, disse Célia, se referindo à morte de sua filha caçula, em 2014, que aos 3,5 anos de idade foi picada por um carrapato, no mesmo local em que Maria Giulia estava, e foi a óbito por febre maculosa. “Toda aquela dor e desespero veio à tona, eu não podia passar por isso de novo”.
Nas horas que se seguiram, a cidade de Boituva parou em oração, segundo Célia. Passado o período crítico, Maria Giulia começou a mostrar melhoras e a esperança ganhou ainda mais força. “Eu não tenho palavras para agradecer todo atendimento, atenção e carinho de toda equipe da Santa Casa de Piracicaba com a minha filha, tanto que agora ela terá que fazer acompanhamento e faço questão que seja com os médicos daqui”, disse.
Na alta de Maria Giulia, a equipe da UCO disse que, a partir de agora, a adolescente precisa comemorar dois aniversários: do dia em que nasceu, e do dia em que nasceu de novo.
Maria Giulia teve alta e foi para casa no dia 29 de maio. Desde então, a adolescente tem apresentado constantes melhoras. “O que sinto em meu coração é gratidão, pura gratidão a Deus e a todos que cuidaram e salvaram a minha filha”.
Fonte:piranot