Cachorra de morador de rua morto ao comer marmita é adotada





A cachorra Princesa do morador de rua José Luis de Araujo Conceição, de 61 anos, que morreu ao comer uma marmita que estaria envenenada em Itapevi, na Grande São Paulo, ganhou um novo lar. O animal foi adotado pela dona de um salão de beleza do bairro após perceber que o cão estava abandonado.
José tinha um outro cachorro, que também morreu ao ingerir o alimento. Eles viviam em um posto de gasolina e recebiam doações de refeições de voluntários.

Polícia Civil investiga a possibilidade de as marmitas terem sido envenenadas por vingança. Isto porque a outra vítima, Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira, de 37 anos, era briguento e recentemente agrediu uma pessoa, segundo o relato de um amigo dele, que acredita que ele possa ter sido o alvo da ação. As informações são da Record TV.
A polícia trabalha com três hipóteses para as mortes. "As marmitas foram entregues já envenenadas ou elas foram envenenadas após a entrega aos moradores de rua. Há ainda a possibilidade de que a comida estivesse estragada", segundo o delegado Aloysio de Mendonça Neto.
Após a ingestão dos alimentos, os dois moradores de rua morreram e um menino de 11 anos e uma jovem de 17, que se alimentaram da mesma comida entregue por Vagner, estão internados em estado grave.
Há indícios de que chumbinho foi colocado nas marmitas, apesar de a comercialização da substância ser proibida. O chumbinho pode matar em uma hora, segundo o toxicologista Anthony Wong: "Causa convulsão, desmaios, reduz a respiração e os batimentos cardíacos. A pessoa pode ter uma parada respiratória ou cardíaca".
Os corpos de José Luis de Araujo Conceição, de 61 anos, e de Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira, de 37 anos, foram sepultados nesta quinta-feira (23). Já Fábio Araújo, de 11 anos, está intubado e segue internado no Hospital Geral de Pirajussara, e Naiara Cardoso Romano, de 17 anos, foi transferida para o Hospital Geral de Osasco e também está intubada.
As marmitas estão sendo analisadas no Instituto de Criminalística. O laudo que vai comprovar se houve envenenamento deve sair em três semanas.