Carteiros decidem continuar a greve por tempo indeterminado




Os funcionários dos Correios decidiram, no fim de semana, que vão manter por tempo indeterminado a greve da categoria, iniciada dia 18. Nesta segunda-feira (24), os trabalhadores da estatal divulgaram carta aberta à população para expor os motivos que levaram à paralisação. No documento, assinado pela Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios), os funcionários afirmam que a estatal quer retirar direitos da categoria, “mesmo com o lucro de R$ 460 milhões dos Correios no primeiro semestre de 2020”.
“A greve não é culpa do carteiro, do atendente, do operador de triagem, do motorista ou motociclista. Eles já ganham os menores salários entre os trabalhadores de todas as estatais brasileiras”, dizem os sindicalistas na carta. Segundo o movimento sindical, os Correios quebraram um acordo coletivo assinado no ano passado e que seria válido até 2021. A empresa, entretanto, conseguiu, em 2019, liminar que delimitou a vigência do contrato somente até este ano. A proposta da estatal, criticada pelos trabalhadores, é de exclusão de 70 das 79 cláusulas do acordo anterior, acabando com direitos como licença-maternidade de 180 dias e adicional de risco de 30%, bem como a redução do vale-alimentação. Em nota, os Correios dizem que têm preservado empregos, salários e todos os direitos previstos na CLT, bem como outros benefícios