Médicos de São Carlos apontados em fraude contra o INSS são demitidos





O Diário Oficial da União de terça-feira (25) publicou a exoneração e a demissão da aposentadoria de médicos de São Carlos, apontados em fraude contra o INSS local. Eles foram alvo de uma força-tarefa que envolveu a Previdência, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) em 16 de setembro de 2016. Oito peritos que davam expediente na Previdência Social de São Carlos tiveram a quebra do vínculo empregatício com o serviço público. Dois tiveram as aposentadorias cassadas. As denúncias apuradas pela investigação apontavam que estes profissionais não cumpriam a carga horária de trabalho estabelecida pela Previdência.

Confira neste link a edição do Diário Oficial da União

Em vez de atuarem no serviço público, os médicos são acusados de seguir a rotina de atendimento nas clínicas particulares e em hospitais da região.

As investigações apontam que os médicos formaram dois grupos que se revezavam na fraude aos registros de ponto, realizados por intermédio de senha.

Dois médicos tiveram a aposentadoria cassada por cometerem “ato de improbidade administrativa e valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública, com restrição de retorno ao serviço público, nos moldes do artigo 137, parágrafo único, da Lei no 8.112, de 1990”, destaca a portaria assinada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Outros oito profissionais foram demitidos pelo mesmo motivo.

Araraquara

A Delegacia da Polícia Federal conduziu as investigações; a Assessoria de Pesquisa e Estratégica e Gerenciamento de Riscos - APEGR da Previdência Social colaborou nas apurações.

Na ocasião, a operação – batizada de Ponto Final 2 – contou com a participação de quarenta policiais, que cumpriram 20 mandados judiciais – oito deles, inclusive, de condução coercitiva.

A PF cumpriu, também, 12 mandados de busca e apreensão em consultórios e hospitais.


Câmeras de segurança do estacionamento da agência do INSS ajudaram a comprovar a fraude.
Ficavam duas, três, mas recebiam por seis horas