Bolsonaro entrega obra em Congonhas e critica prefeitos




O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, neste sábado (5), da entrega da obra da principal pista do Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo.
Na ocasião, Bolsonaro reconheceu que a recuperação econômica do país não será rápida. "Eu sempre falei que era vida e economia. Fui muito criticado, mas eu não posso pensar de forma imediata", acrescentou. "Esperamos que volte à normalidade o país. Não digo rápido (sic) porque não vai ter como ser rápido, mas não tão demorado assim", afirmou.
Congonhas voltará a receber pousos e decolagens de aeronaves de grande porte neste domingo (6). De acordo com o Ministério da Infraestrutura, "o novo pavimento em Congonhas torna as operações de pousos e decolagens mais seguras, com mais capacidade de drenagem da água da chuva e maior aderência para os pneus das aeronaves".
Ao todo, foram investidos R$ 11,5 milhões na obra. Segundo o Palácio do Planalto, o presidente retornou para Brasília após a visita ao aeroporto.

Nas redes sociais, Bolsonaro escreveu sobre a agenda. "Entrega das obras da pista do aeroporto de Congonhas/SP, concluídas em 32 dias. As atividades exigiram um trabalho coordenado com 2 usinas de asfalto, 180 profissionais em 3 turnos, nos 1.940 m de comprimento da pista", disse.
A pista principal do Aeroporto de Congonhas tem 1.940 metros de comprimento, 45 metros de largura e suporta aviões até categoria 4C, que engloba as principais aeronaves usadas pelas companhias aéreas brasileiras, como Boeing 737-800, Airbus A320 e Embraer E195.
A primeira operação programada é a chegada do voo 3009, da Latam. Saindo de Belo Horizonte amanhã às 8:45, a aeronave deve pousar em Congonhas às 10h05.
Durante o período em que a pista principal esteve em obras, Congonhas seguiu recebendo pousos e decolagens na pista auxiliar. De acordo com a Infraero, a manutenção das obras entre os meses de agosto e setembro considerou a baixa incidência de chuvas na capital paulista para o período dos trabalhos.
Economia
O presidente Bolsonaro reconheceu que a recuperação econômica do país não será rápida, reclamando dos que diziam que era possível deixar para cuidar da economia apenas num segundo momento em meio à pandemia do novo coronavírus.
Durante a visita, Bolsonaro também criticou governadores e prefeitos que impuseram restrições de distanciamento social, inclusive com o fechamento de rodovias, segundo ele, citando "projetos nanicos de ditador".
"Aquele pessoal que dizia no passado, né, que não era eu, 'a economia recupera depois', tem que ver onde tá (sic) esses caras para botar a cabeça para fora e dizer como recupera rapidamente a economia", disse o presidente.
"Eu sempre falei que era vida e economia. Fui muito criticado, mas eu não posso pensar de forma imediata", acrescentou. "Esperamos que volte à normalidade o país. Não digo rápido (sic) porque não vai ter como ser rápido, mas não tão demorado assim."
A equipe econômica tem ressaltado que o país já deu início a uma recuperação firme da atividade em formato V - quando a subida acontece no mesmo ritmo da queda. Mas há dúvidas sobre a continuidade desse impulso com o fim de medidas para mitigar os efeitos da pandemia, em particular o auxílio emergencial, previsto para acabar em dezembro.
Bolsonaro voltou a reclamar que, segundo ele, não teve autoridade para adotar as medidas que queria para frear a disseminação da covid-19 e atacou o que chamou de ditadores nanicos.
"Tiraram poder de eu resolver as questões como eu achava que devia resolvê-las", disse. "Fica uma grande experiência, como alguns me acusam de ditador, os projetos nanicos de ditador que apareceram pelo Brasil afora, não só em áreas estaduais como em algumas e municipais também."
O presidente afirmou que as pessoas não devem ter medo "da realidade", em referência à covid-19, e voltou a dizer que é preciso enfrentá-la.
"Eu falei lá atrás que ia pegar uma grande quantidade de gente, vamos tomar cuidado dos mais idosos, os que possuem comorbidades, e vamos enfrentar", afirmou.

Fonte:R7