Aplicações na poupança superam saques em R$ 7 bi em outubro

 



Após a sequência de recordes históricos impulsionados pelo pagamento dos auxílios emergenciais para conter a crise causada pela pandemia do novo coronavírus, a caderneta de poupança teve um resultado positivo mais tímido em outubro, com os depósitos superando os saques em R$ 7,017 bilhões. Ainda assim, trata-se da maior captação líquida da história para o mês, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (6), pelo BC (Banco Central).

Os ganhos da poupança no mês passado ocorreram com R$ 279.576.987 bilhões aplicados e R$ 272.559.518 bilhões retirados da caderneta no período. No acumulado do ano, a poupança acumula saldo positivo de R$ 144 bilhões, fruto de quase 2,5 trilhões depositados e R$ 2,35 trilhões sacados da caderneta.

Com o novo resultado positivo, o saldo total de recursos da caderneta manteve a trajetória de alta, cresceu 0,86% e atingiu R$ 1,010 trilhão em outubro. É apenas o segundo mês da história em que a poupança tem um saldo na casa do trilhão.

Os recordes seguidos da aplicação ocorrem em meio aos pagamentos do auxílio e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) emergenciais. Os benefícios são disponibilizados diretamente em uma conta-poupança.

O resultado mais tímido da caderneta desde fevereiro também pode ser atribuído à redução dos valores, de R$ 600 para R$ 300, e do número de beneficiários do auxílio emergencial.

Apesar de oferecer uma rentabilidade inferior a outras aplicações de renda fixa e atualmente com a perda real do poder de compra, a busca dos investidores por mais segurança também têm impactado nos resultados da poupança durante a crise.

Atualmente, com a Selic fixada em 2% ao ano, as aplicações na poupança rendem 70% da taxa básica de juros, o que representa uma rentabilidade na casa de 1,4% ao ano. A inflação oficial em 12 meses, por sua vez, figura em 3,92%.


Fonte:R7