Brasil e Israel assinaram neste domingo (7) um acordo bilateral de cooperação na luta contra a pandemia da covid-19 e em áreas, como tecnologia e segurança.
O acordo foi selado durante um evento em Jerusalém com os respectivos ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo e Gabi Ashkenazi.
"Além da parte médica, concordamos em trabalhar juntos nas áreas de tecnologia, inovação, segurança, agricultura, ciência e espaço. Ajudaremos o Brasil de todas as maneiras possíveis e estudaremos formas de aprofundar a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos e outras soluções para lidar com o vírus", anunciou Ashkenazi em uma aparição conjunta com o diplomata brasileiro.
Araújo lidera a delegação brasileira em visita oficial a Israel até terça-feira (9). Entre eles está o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, que nos últimos anos fortaleceu os laços com o governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
A cerimônia começou com a assinatura de uma declaração conjunta dos dois ministros, que expressaram sua simpatia mútua e elogiaram os laços entre as autoridades israelenses e brasileiras.
Araújo descreveu Israel como "um parceiro-chave em áreas absolutamente decisivas para o Brasil", como novas tecnologias e a estratégia para enfrentar o coronavírus.
"Israel está dando o exemplo liderando o caminho na vacinação e na luta contra a pandemia", destacou o ministro. "O Brasil também tem iniciativas interessantes em termos de pesquisa e quer compartilhá-las. Queremos ser um parceiro [de Israel] para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos", acrescentou.
Ainda ontem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que há uma vacina contra a covid-19 sendo desenvolvida por cientistas brasileiros e que os resultados preliminares dos estudos serão apresentados ao governo israelense pela missão chefiada por Araújo. Está programado um encontro da delegação com Netanyahu amanhã.
Mais da metade da população de Israel já recebeu pelo menos uma dose do imunizante fabricado pela farmacêutica americana Pfizer. O país lidera a campanha de vacinação mais rápida do mundo e pretende que a maioria de sua população de 9,2 milhões de habitantes seja inoculada até o final deste mês.
O Brasil, por sua vez, aplica vacinas do laboratório chinês Sinovac e da anglo-sueca AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, com doses importadas e outras de produção local.
A pandemia teve forte impacto no Brasil, cujo presidente se destacou como um dos líderes mundiais mais céticos quanto à sua gravidade. Até agora, o país está perto de 11 milhões de infecções e ultrapassou 264 mil mortes.
Fonte:R7