SP inicia estudo clínico da vacina do Butantan contra a covid-19

 




O Instituto Butantan iniciou nesta sexta-feira (9), em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, os estudos clínicos para a produção da ButanVac, o primeiro imunizante contra a covid-19 produzido integralmente no Brasil.

O presidente do Instituto, Dimas Covas, e o governador de São Paulo, João Doria, acompanharam a abertura dos trabalhos no Hospital das Clínicas da cidade do interior paulista.

“Poucos são os países que chegaram à vacina. Temos mais de 10 milhões de doses prontas aguardando a conclusão do estudo que se inicia hoje. É uma vacina aperfeiçoada, de segunda geração, com potencial enorme de melhorar a resposta imunológica das pessoas vacinadas e combater as variantes”, afirmou Dimas Covas.

O estudo clínico pôde começar após a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) emitir a aprovação na última quarta-feira (7).

Pela manhã, seis voluntários passaram por exames de triagem antes da aplicação da primeira dose da vacina do Butantan, que ocorrerá ao longo das próximas semanas.

A primeira e a segunda fase dos ensaios clínicos serão divididas nas etapas A, B e C. Na A, 418 voluntários vão receber vacina ou placebo, a fim de analisar a segurança da vacina. As etapas B e C vão avaliar a resposta imune, envolvendo 5 mil voluntários.

“Hoje estamos iniciando o estudo clínico da ButanVac, que tem desenvolvimento tecnológico do Instituto Butantan, com cooperação técnica de outras instituições internacionais. É uma vacina brasileira, cujo insumo, envase e aplicação serão feitos aqui no Brasil, sem necessidade de importação de nenhum item, principalmente o IFA (Insumo Farmacêutico Ativo)”, disse Doria no HC de Ribeirão Preto.

Os primeiros voluntários serão pessoas com mais de 18 anos não vacinadas e que não foram expostas ao vírus. As etapas seguintes terão também quem já foi imunizado e pessoas que tiveram covid-19. Ao todo, a pesquisa deve durar pouco mais de quatro meses.

Baixo custo

Segundo o governador, o custo da ButanVac será até 10 vezes menor do que a vacina mais cara comprada pelo governo federal e, em média, 4 a 5 vezes menos do que o imunizante mais barato no mercado.  

De acordo com Doria, a partir de janeiro de 2022 todos os brasileiros vão precisar ser vacinados novamente contra a covid-19. A imunização deve seguir a ordem sequencial dos já vacinados.


Fonte:R7