Brasil é a maior potência no futebol olímpico. Terceira final seguida

 



São Paulo, Brasil

Com os fracassos da Seleção principal nas Copas do Mundo, desde 2002, o Brasil descobriu o caminho. Se impõe como a maior potência no futebol olímpico. Depois de jogo um sofrido, de muita marcação, lentidão e poucas chances de gols, 0 a 0 com o México. Na prorrogação foi pior ainda, mais 30 minutos sem emoção.

Mas vieram os pênaltis. Daniel Alves, Martinelli, Bruno Guimarães e Reinier marcaram. O vivido Ochoa não conseguiu defender qualquer cobrança.

Santos, não. Se impôs psicologicamente a Aguirre e defendeu a insegura cobrança; dpois viu Vásquez cobrar na sua trave direita e a bola ir para fora. Sofreu apenas o gol de Rodríguez.

Brasil 4 a 1.

Foi o vencedor no confronto pelas semifinal entre o atual campeão da Olimpíada contra o ex-campeão, o medalha de ouro em Londres, em 2012.

E enfrentará a Espanha, na decisão de sábado.

Santos, muito seguro, defendeu a primeira cobrança mexicana, de Aguirre

Santos, muito seguro, defendeu a primeira cobrança mexicana, de Aguirre

MIKE SEGAR /REUTERS - 03.08.2021

A seleção está classificada para sua quinta final de Olimpíada. A terceira seguida. Mesmo com os vetos dos clubes que não quiseram liberar jogadores importantes como Neymar, Marquinhos, Thiago Silva, Gerson, Pedro, veio a decisão da medalha de ouro.


Mas o time de André Jardine não jogou bem. A forte marcação organizada por Jaime Lozano conseguiu travar os laterais brasileiros. E dificultou a saída de bola. Como Jardine implorou para seus jogadores só tocarem a bola com total segurança, arriscarem pouco, por medo dos contragolpes, a Seleção Brasileira se mostrou lenta, demorando para trocar passes. 

Situação que só ajudou na recomposição da defesa mexicana.

Em uma partida tensa, mas sem chances de gols, o VAR salvou a arbitragem. O fraco juiz búlgaro Georgi Sabakov marcou pênalti inexistente de Esquivel em Douglas Luiz, aos 27 minutos do primeiro tempo. Foi o volante brasileiro quem procurou o contato com o corpo do mexicano, quis e cavou o pênalti. O VAR recomendou a Sabakov olhar a jogada no vídeo. E desmarcou a penalidade.

Chance verdadeira no segundo tempo, só aos 37 minutos. Daniel Alves fez ótimo cruzamento. Richarlison desviou, consciente, de cabeça. A bola beijou a trave direita de Ochoa. 

Daniel Alves, 38 anos, começou a disputa. Cobrando forte e marcando

Daniel Alves, 38 anos, começou a disputa. Cobrando forte e marcando

MIKE SEGAR/REUTERS - 03.08.2021

Depois, veio a prorrogação.

E os dois times, com medo de sofrer gols, atacava com poucos jogadores.

Houve muitas faltas, como durante os noventa minutos.

Foram 15 só na prorrogação.

No jogo normal foram 35 faltas. 

Ou seja, a partida foi truncada com inúmeras paralisações.

Até que chegaram os pênaltis.

A vitória demonstra o quanto não é importante a direção da CBF.

Há uma crise imensa pelo poder.

O presidente Rogério Caboclo, acusado de assédio sexual, luta com advogados caríssimos para não perder o cargo. O presidente interino coronel Antônio Nunes foi afastado. O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, e o da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, foram nomeados interventores. Depois perderam o cargo.

Situação constrangedora.

Mas que deixa claro que as decisões dos dirigentes só importam na escolha dos nomes dos comandantes da Seleção.

Quem já sai de Tóquio vitorioso é Daniel Alves.

O grande vitorioso na Olimpíada. Daniel Alves. Já pode contar com a Copa do Catar

O grande vitorioso na Olimpíada. Daniel Alves. Já pode contar com a Copa do Catar

HENRY ROMERO/REUTERS - 03.087.2021

O veterano de 38 anos abandonou o São Paulo para disputar a Olimpíada com uma meta.

Mostrar que poderá jogar a Copa do Mundo no ano que vem.

Mesmo com 39 anos.

O capitão da Seleção Olímpico mostrou ter condições físicas.

Tite já tem o líder no Catar que desejava...

Fonte:R7