Amor de Giovana por Ronco resgata e transforma vida do cãozinho

 




Basta dar uma rápida olhada nas redes sociais da propagandista médica Giovana Galassi Pavan para entender que ela é apaixonada por seus dois cães: Ronco e Augusto. Mãe de um garoto de 13 anos, essa relação com a duplinha de bulldog francês é algo novo e desafiador para ela, especialmente porque Ronco, o primeiro que chegou, é um cão com deficiência física.

Ronco é um cão com deficiência física – Foto: Arquivo pessoal

Com pouco mais de um ano na nova família, quem olha para ele hoje não imagina o que já passou. Segundo Giovana, o cão precisou ser resgatado, pois, a antiga tutora alegava que não tinha condições de levá-lo ao veterinário.

“Já fazia um tempo que ele estava fraco e não levantava as patas traseiras. Quando o peguei, ele era esquelético, tinha anemia, doença de carrapato e mais uma série de problemas. Tenho certeza que cheguei na hora certa”, conta emocionada.

Ao contrário do que as pessoas possam pensar, adotar um cão com deficiência não foi algo planejado, contudo, o encontro com Ronco fez Giovana mudar de ideia e de vida. “Por causa dele, hoje sou voluntária de uma ONG de cachorros chamada Vira Lata Vira Vidas. E foi exatamente isto que o Ronco fez comigo, me virou a vida”.

Hoje, Ronco pode passear graças a sua cadeira de rodas especial – Foto: Arquivo pessoal

Vivendo uma relação de confiança, dedicação e muito amor, é lindo ver a maneira como os dois se adaptaram um ao outro. Totalmente dependente da tutora, Ronco precisa até usar fraldas, e está sempre se “arrastando” atrás dela, pedindo carinho e atenção.

“Me emociono todo dia ao saber que eu sou a responsável por ele estar vivo. A confiança que Ronco tem em mim é algo incrível”. E de fato, apesar de ser um cachorro arisco, que não gosta de aglomerar e precisa tomar remédio para controlar a agressividade, com Giovana, Ronco é doce e carinhoso.

Das dificuldades à redenção

Giovana conta que no início a adaptação de Ronco foi muito difícil. “Ele é um cachorro que não tem confiança no ser humano, então, ele chegou a morder algumas pessoas”, recorda. Nesse processo, a veterinária Isabela Padovani Pires foi essencial. “Isa sempre esteve disponível e foi ela quem me ajudou a salvar a vida dele”.

Assim sendo, algum tempo depois de adotar Ronco, Giovana acolheu Augusto. “Ronco nunca aceitou nenhum outro animal, mas o Guto foi recebido por ele como se fossem irmãos. Na verdade, acho que os animais entendem e sentem mais que muitas pessoas”.

Para finalizar, ela deixa a reflexão: independentemente de ser um animal comprado ou adotado, de raça ou vira-lata, com deficiência ou não, diariamente muitos cachorros são abandonados por seus tutores que alegam falta de tempo, de dinheiro e muitas outras coisas. Mas eu te pergunto: se fosse uma criança e você passasse por dificuldades você a abandonaria?”.


Fonte: O LIBERAL