Projeto prevê redução de marginalização de população trans e travesti

 




Na segunda-feira (27), a vereadora Filipa Brunelli (PT) protocolou a Indicação nº 4248/2021, que sugere a criação de um programa de transferência de renda, capacitação profissional e educacional para travestis e transexuais em extrema vulnerabilidade social.

De acordo com a vereadora, a população de travestis, mulheres e homens transexuais, historicamente, tem sido alvo de violências atreladas às suas identidades e expressões de gênero. Nesse sentido, o objetivo do programa é realocar tais pessoas no sistema educacional, profissionalizá-las e inseri-las no mercado formal de trabalho, promovendo saídas da marginalização na qual se encontram.

“Esta situação de escamoteamento é decorrente de processos históricos, culturais, sociais e, sobretudo, políticos. A diversidade de gênero é, por vezes, alvo de enquadramento social pelo que é considerado ‘normal’, a partir dos privilégios sociais atrelados à cis-heteronormatividade. Assim, aqueles que destoam de expressões de gênero esperados ficam à margem de direitos sociais e civis e, portanto, mais vulneráveis à violação e negação de direitos, por todas as partes”, argumentou Filipa.

No documento, a parlamentar também justificou que a baixa empregabilidade formal nesse grupo social, que não é homogêneo, revela a dificuldade de aceitação das identidades de gênero pelos empregadores e destacou que, de acordo com dados mapeados pela Assessoria Especial de Políticas LGBTQIA+ de 2019, 98% de mulheres trans e travestis encontram-se na prostituição em Araraquara. “A Prefeitura, nesse caso, deve romper catalisadores de marginalização para garantir direitos sociais e humanos, a exemplo do que o programa proposto prevê”, finalizou Filipa.