Estudante de Americana irá representar o Brasil em Olimpíada de Astronomia

 



Apaixonado por números desde criança, aos 17 anos, Otávio Casagrande Ferrari soma duas medalhas de ouro conquistadas em duas edições da Olimpíada Brasileira de Astronomia. Na última edição, em 2020, o estudante do 3º ano do ensino médio do Colégio Objetivo de Americana foi classificado e participou das seletivas para a olimpíada internacional do tema, que disputará na próxima semana.

A trajetória de Otávio começou em 2019, quando, pela primeira vez, participou da Olimpíada Brasileira de Astronomia, conquistou o ouro e foi classificado para as provas seletivas da competição internacional. No entanto, na ocasião, não passou nos testes. Em 2020, participou novamente da competição brasileira e venceu pela segunda vez. Diferente do ano anterior, Otávio passou para as seletivas e conseguiu uma classificação em segundo lugar. Agora, ele é integrante do time de cinco estudantes brasileiros que enfrentarão alunos do mundo todo na disputa internacional, entre os dias 13 e 21 de novembro.

As provas teóricas e práticas da Olimpíada Internacional de Astronomia sempre acontecem no país sede da competição, que neste ano é a Colômbia. Entretanto, por conta da pandemia, foi decidido que cada país deverá reunir os competidores em um único local para as provas. No caso de Otávio, sua sede será Vassouras, no Rio de Janeiro.

Para a competição, o aluno contou ao LIBERAL que tem se preparado diariamente. “Eu vejo materiais e provas de outros anos [da olimpíada] e vou praticando sozinho. Só não estudo quando realmente não consigo”, explicou o jovem.

Em pelo menos 12 anos, Otávio é o primeiro estudante da escola de Americana a chegar neste nível. “Aonde ele chegou é o ápice, o que vem depois é a medalha, mas isso é uma consequência. Ele está representando o município e o País em uma competição com conhecimento científico muito elevado. Para nossa escola, nos sentimos muito orgulhosos. O mérito é todo dele”, disse o orientador educacional do Colégio Objetivo, Thiago Galassi Maraccini.

Depois das provas da olimpíada brasileira, o estudante contou que aprendeu a gostar da área e pensa em cursar faculdade de física, se possível, com foco em astronomia e astrofísica para, depois, seguir carreira acadêmica e de pesquisa.

“Antes eu não gostava muito, mas agora gosto bastante”, disse. Já trilhando este caminho, Otávio conta que participou de um processo seletivo do site do Noic (Núcleo Olímpico de Incentivo ao Conhecimento) e atualmente é criador de conteúdo de astronomia para a plataforma.

O site está no ar há sete anos e foi criado por estudantes experientes em olimpíadas científicas com a intenção de auxiliar no preparo de outros alunos para essas competições.

Ele também conta ter participado do lançamento de um livro de 500 páginas sobre o tema.

Sobre a expectativa para a prova, Otávio resume. “Espero representar bem o Brasil”.

Fonte: O LIBERAL