Mãe presa por mais de 1 ano por morte da filha acusa ex pelo crime

 



Foi com a certidão de óbito de Júlia Felix de Moraes, de 2 anos, sobre a mesa, e a pressão da avó da vítima para que admitisse, que Laryssa Yasmin Pires de Moraes, 23 anos, confessou ter matado a própria filha. Solta pela Justiça por inconsistências e contradições entre depoimentos e provas técnicas, agora ela alega inocência e conta uma outra versão da noite em que Júlia perdeu a vida. Ela concordou em falar com o R7 desde que não mostrasse o rosto como está hoje e tivesse a voz modificada.

O crime aconteceu em 13 de fevereiro de 2020, na Colônia Agrícola Samambaia, em Vicente Pires. A bebê levou ao menos duas facadas e foi sufocada. Em entrevista exclusiva ao R7, depois de um ano e nove meses de prisão sem julgamento, Laryssa relatou que, à época, prestou depoimento mais de uma vez, sempre acusando o ex-companheiro, que estava com ela no apartamento no momento do crime.

Os depoimentos em que a jovem alega inocência não foram anexados aos autos. Segundo consta no processo, Laryssa teria cometido homicídio qualificado contra Júlia e lesão corporal contra o marido. Mas, de acordo com a mulher, ela teria atacado o homem depois que ele sugeriu que ela confessasse o crime em seu lugar. Após ser ferido no rosto, ele teria dito que tinha um álibi. À reportagem, a jovem disse que fazia uso de entorpecentes, mas que estava lúcida naquele dia.

“Eu assumi o crime por volta de 21h. Eu já tinha assinado um depoimento citando tudo, da forma como aconteceu como estou dizendo agora. Foi quando minha mãe apareceu na delegacia, ela estava tão nervosa quanto eu. Ela colocou a certidão de óbito na mesa, e eu tive certeza que ela [Júlia] faleceu. Quando minha mãe chegou nesse momento, ela me pediu, ela falou ‘eu preciso enterrar a Júlia, eu preciso ir embora, por favor, assume’”, contou. Laryssa disse que estava algemada, e que, naquele momento, desistiu, pois teria percebido que ninguém acreditaria nela.

Fonte:R7