Sobrinha de ex-presidente do Senado é estrangulada e morta dentro de casa, na Paraíba

 




A estudante de medicina Mariana Oliveira, sobrinha do ex-senador Eunício Oliveira, foi estrangulada e assassinada dentro do apartamento onde morava, em João Pessoa, na Paraíba, no último sábado (12). O principal suspeito do crime é o namorado, que está preso. Pelas redes sociais, Eunício definiu o crime como "machismo abjeto e inaceitável". O namorado da vítima passou por audiência de custódia neste domingo (13) e segue preso. O corpo de Mariana foi enterrado no Ceará. 

Segundo consta no Termo de Audiência de Custódia, ao qual o R7 teve acesso, quando policiais chegaram à casa de Mariana, na região de Cabo Branco, em João Pessoa, socorristas do Samu já atendiam a estudante, que estava convulsionando. Ela morreu no local. De acordo com os policiais, a vítima apresentava diversas lesões pelo corpo. A causa da morte, segundo a perícia, foi asfixia mediante esganadura.

O namorado de Mariana, Johannes Dudeck, que se encontrava no apartamento com a vítima, negou aos policiais envolvimento com a morte e disse que "estava namorando a vítima quando ela começou a passar mal". Ainda segundo o termo de audiência, "quando perguntado pela autoridade policial se estaria disposto a fornecer material genético para perícia, o custodiado se negou".

Johannes Dudeck foi preso em flagrante ainda no sábado. No domingo, ele passou pela audiência de custódia e sua prisão foi convertida em preventiva. Ao determinar a conversão, o juiz decidiu que "os antecedentes criminais do autuado evidenciam que ele já respondeu na Justiça por acusação de violência doméstica, tais condições evidenciam que o custodiado adota postura contumaz em violência contra a mulher, donde não se tem como negar a teórica atividade delitiva no mundo do crime. Some-se a isso o histórico de comportamento extremamente ciumento e perseguidor que possui, o que é evidenciado pelas várias representações feitas por vítimas (ex-namoradas) na delegacia especializada. O cotejo de suas condições pessoais leva à conclusão patente e inafastável de que sua liberdade se configura risco concreto à ordem pública, não reunindo, assim, os requisitos que indiquem que medidas cautelares diversas da segregação preventiva restariam suficientes e adequadas à garantia da ordem pública".

Pelas redes sociais, o ex-senador Eunício Oliveira lamentou o assassinato da sobrinha e lembrou que Mariana era "apaixonada pela medicina, sonhava em exercer sua vocação de cuidar das pessoas através da profissão que escolheu. Uma jovem que teve seu futuro promissor interrompido de maneira tão abrupta".

Eunício disse ainda: "O machismo abjeto e inaceitável que persiste em nossa sociedade precisa acabar. O feminicídio precisa ser combatido por todos nós, como tenho reiterado inúmeras vezes. O machismo mata e enluta famílias".