A Justiça absolveu Carlos Ubiraci, filho afetivo de Flordelis, da acusação de homicídio triplamente qualificado e tentativa de homicídio qualificado contra Anderson do Carmo, mas o condenou pelo crime de associação criminosa armada. A sentença foi proferida na manhã desta quarta-feira (13).
Já Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, Marcos Siqueira da Costa, ex-policial militar, e Andrea Santos Maia, esposa de Marcos, foram condenados por uso de documento falso duas vezes e associação criminosa armada.
O Tribunal do Júri foi iniciado no final da manhã de terça-feira (12) e avançou pela madrugada. Durante todo o julgamento foram ouvidas 12 testemunhas, os quatro réus e os advogados de defesa. No início da manhã desta quarta-feira, estava prevista a tréplica do Ministério Público, mas a promotoria optou por não fazê-la.
Depoimentos
Carlos Ubiraci, filho afetivo de Flordelis e Anderson, admitiu pela primeira vez que a ex-deputada teve participação no crime. Ele também afirmou que sabia dos planos para matar o pastor, mas que não teve nenhum tipo de envolvimento no homicídio.
Roberta, filha adotiva do casal que foi ouvida como testemunha, também falou que havia um plano para matar Anderson e que boa parte da família sabia disso, incluindo a própria vítima, que não acreditava que seria executada.
Já Adriano dos Santos Rodrigues, filho biológico de Flordelis, confessou durante seu depoimento que auxiliou na autoria de uma carta falsa na qual Lucas Cézar dos Santos, filho adotivo, assume ter participado da morte de Anderson.
A escritura da carta teve ainda o auxílio do ex-policial militar Marcos Siqueira da Costa, segundo a denúncia do MP, que também foi ouvido durante a audiência. Sua esposa, Andrea Santos Maia, afirmou que intermediou a entrega da carta a Lucas na prisão e recebeu dinheiro para levar regalias para ele, como comida e roupas, serviço que ela fornecia a outras famílias.
Entre as testemunhas, foram ouvidos dois delegados que investigaram o caso: Alan Duarte e Bárbara Lombra, da Delegacia de Homicídios de Niterói.
A investigadora relatou ao Tribunal do Júri de Niterói que o controle exercido pelo pastor sobre a vida da ex-deputada Flordelis gerou incômodo na família e motivou o planejamento do assassinato.
Segundo Lomba, as investigações do caso mostraram que a forma como o pastor direcionava a vida política, religiosa, financeira e artística de Flordelis causou uma divisão na casa onde o casal morava com os 55 filhos, biológicos e adotivos.
Fonte>R7