MP-RJ denuncia Gabriel Monteiro por gravar sexo com adolescente

 





O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou o vereador do Rio Gabriel Monteiro (PL) à Justiça nesta sexta-feira, 8, por filmar sexo praticado com adolescente. Confirmada pela assessoria do MP-RJ na noite de ontem, a denúncia foi feita pela 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da área Zona Sul e Barra da Tijuca e afirma que “de forma livre e consciente”, o vereador “filmou através de telefone celular cena de sexo explícito” com uma adolescente que à época teria 15 anos. Por isso, o MP-RJ pede a condenação do vereador.

A instituição não deu mais detalhes sobre a denúncia – não explicou qual crime Monteiro é acusado de praticar, por exemplo. Ao tratar do caso, a Polícia Civil aventava dois crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente: o 240, que prevê prisão de 4 a 8 anos para quem “produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança ou adolescente”, e o 241-A, que prevê de 3 a 6 anos de prisão para quem “oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar” qualquer conteúdo de cunho sexual em que apareçam menores. O MP-RJ não confirmou se são mesmo esses os crimes na denúncia.

Segundo a TV Globo, o MP-RJ conta na denúncia que o vereador conheceu a adolescente numa academia existente no condomínio de luxo onde ele mora, na Barra da Tijuca. Os dois passaram a conversar por redes sociais e uma semana depois, a convite de Monteiro, a adolescente foi pela primeira vez à casa dele, nesse mesmo condomínio, onde fizeram sexo com consentimento dela. A adolescente passou a frequentar o imóvel, e a cena teria sido gravada cinco meses após o primeiro encontro, com o celular do próprio vereador. O relacionamento teria se estendido por dez meses.

Estadão procurou a defesa de Monteiro na noite da sexta-feira, sem sucesso até a publicação desta reportagem. Em pronunciamentos anteriores à denúncia, o vereador negou ter praticado qualquer ilegalidade.