A Rússia admitiu nesta sexta-feira (22) que um marinheiro morreu e outros 27 estão desaparecidos após o naufrágio, há pouco mais de uma semana, do cruzador de mísseis Moskva, o navio-símbolo da Frota Russa do mar Negro.
"Como resultado do incêndio de 13 de abril, o cruzador de mísseis Moskva foi seriamente danificado devido à detonação da munição. As tentativas da tripulação de extinguir o fogo foram em vão. Durante a luta para salvar o navio, um marinheiro morreu e outros 27 estão desaparecidos", disse o Ministério da Defesa russo, segundo a agência de notícias estatal Tass.
O departamento chefiado por Sergei Choigu também afirmou que "os 396 tripulantes restantes foram evacuados do navio para barcos da Frota do mar Negro que estavam na área e transferidos para Sebastopol".
A instituição militar ressaltou ainda que presta “todo o apoio e assistência necessários aos familiares e entes queridos dos falecidos e desaparecidos”.
Na última terça-feira (19), o Kremlin havia se recusado a comentar os relatos de possíveis mortes no naufrágio do Moskva, depois que o meio de comunicação independente Meduza, que publica suas notícias em russo da Letônia e é considerado um "agente estrangeiro" na Rússia, afirmou que 37 marinheiros russos teriam morrido.
Por sua parte, as autoridades ucranianas afirmaram também nesta sexta-feira que apenas 58 membros da tripulação do navio sobreviveram ao naufrágio.
Fontes do Exército ucraniano garantiram na semana passada que o navio russo havia sido atingido por dois mísseis ucranianos Neptune, que teriam causado várias explosões e um incêndio a bordo.
A Rússia primeiro alegou que o navio estava flutuando, que o incêndio e as explosões de munição haviam sido controlados e que a tripulação tinha sido evacuada para outros navios na área.
Além disso, assegurou que o principal armamento de mísseis não havia sido danificado.
Horas depois, no entanto, o Ministério da Defesa reconheceu que o Moskva afundou "no meio de uma tempestade quando estava sendo rebocado para o porto".
Fonte:R7