São Paulo confirma terceiro caso de varíola dos macacos





Mais um caso de varíola dos macacos ocorre no estado de São Paulo. Ele foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz. O paciente é um homem. Ele vive na cidade de São Paulo e tem 31 anos. Está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas com um bom quadro clínico. Segundo a Secretaria estadual da Saúde, o paciente tem histórico de viagem à Europa. A secretaria informou ainda que ele e seus contactantes estão isolados e monitorados.

Na semana passada, duas outras ocorrências de varíola dos macacos foram confirmadas no estado. Na última quinta-feira (9), o governo paulista confirmou o primeiro caso no país: um morador da capital paulista que está internado no Emílio Ribas, com boa evolução do quadro clínico. O segundo registro foi detectado em um homem, de 29 anos, que está isolado em sua residência em Vinhedo, no interior do estado. Ambas as ocorrências foram consideradas importadas, já que os pacientes tinham histórico de viagem ao exterior.

O Ministério da Saúde informou hoje (15) que já foi notificado sobre esse novo caso em São Paulo e sobre um novo paciente no estado do Rio de Janeiro. É um brasileiro de 38 anos, residente em Londres, que chegou ao Brasil em 11 de junho para visitar a família. Segundo o ministério, o paciente está em isolamento domiciliar. Seu quadro clínico é estável.


Segundo o Ministério da Saúde, com essas duas novas confirmações, já são cinco os casos de varíola dos macacos (monkeypox) no Brasil: três em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro. Oito casos seguem em investigação. O ministério informou ainda que o óbito que estava em investigação em Minas Gerais foi descartado para monkeypox. As causas desse óbito ainda estão em investigação.


Transmissão


A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente.


Não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões.


De acordo com a Secretaria de Saúde, os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.


Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.


Vacina


A vacina aplicada contra a varíola tradicional ou humana, chamada de smallpox, mantinha alguma proteção contra a varíola dos macacos. Mas, segundo o Instituto Butantan, esse imunizante deixou de ser aplicado há muito tempo, já que a varíola humana foi erradicada no início da década de 1980. Com isso, pessoas com idade inferior a 40 anos nunca foram imunizadas no Brasil.


O Butantan informou que, atualmente, há uma outra vacina contra a varíola humana, indicada também contra a varíola dos macacos, produzida pela farmacêutica dinamarquesa Bavária Northean. No entanto, essa vacina não é produzida em larga escala, ou seja, não há um número de doses suficiente para distribuição em escala mundial.