Durante diligências em um salão no centro de São Carlos, no final da tarde desta quarta-feira, 27, por volta das 17h, uma equipe de policiais civis, comandada pela delegada Beatriz Mendes Pereira Lopes, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), prendeu um cabelereiro (nome preservado a pedido da Polícia), acusado da prática de pedofilia e zoofilia (sexo com animais). O comerciante teve prisão preventiva decretada pela 1ª Vara Criminal de São Carlos.
O cabeleireiro conhecido por desfilar com fantasias de carnaval e ganhador de vários prêmios teria em seu sítio e em uma residência, totalizando, mais de dez cães que seriam subjugados com frequência e vídeos e fotos eram disponibilizados em suas redes sociais e grupos de WhatsApp.
“Ele abusava sexualmente dos animais”, frisou a delegada. Segundo ela, no sentido de tentar prejudicar o trabalho investigativo dos policiais civis, quando de sua prisão, na viatura, ele chegou a quebrar um aparelho”, comentou.
Entretanto, Beatriz Lopes assegurou que foram apreendidos um computador e um celular que teriam conteúdo suficiente para incriminar o acusado. “Acredito que o acusado pensou que não tínhamos provas”, disse. “Porém o trabalho já era realizado há tempos e havíamos conseguido o necessário para sua detenção”, comentou, salientando ainda que não tem conhecimento ainda se o cabeleireiro cobrava pelos vídeos e imagens que disponibilizava. “Também não podemos afirmar se ele realizava encontros para que pessoas tivessem relações com os cães”, declarou.
IMAGENS FORTES
Quanto à pedofilia, Beatriz Lopes informou que o conteúdo apreendido possui imagens fortes. Porém, não há como identificar quem estão nas fotos, pois nas imagens não aparecem os rostos dos envolvidos durante as relações sexuais. “Mas pelo fato de possui e armazenar imagens configura pedofilia. Isso é crime”, assegurou.
A delegada da DMM afirmou que o cabeleireiro foi interrogado, mas permaneceu em silêncio e que irá ocorrer ainda uma audiência de custódia e ficará posteriormente a critério da Justiça se ele permanecerá preso ou não.