Em sessão extraordinária, vereadores aprovam denominação de unidade de acolhimento a mulheres

 




Na tarde da quinta-feira (28), durante sessão extraordinária, a Câmara Municipal de Araraquara aprovou o projeto de autoria da vereadora Thainara Faria (PT), denominando Yasmim da Silva Nery a Unidade de Acolhimento às Mulheres em Desabrigo – Casa das Margaridas. 

A sessão foi transmitida ao vivo pela TV Câmara (canal 17 da NET), Facebook e YouTube

Inauguração 

O espaço foi inaugurado na manhã desta sexta-feira (29) e oferecerá acolhimento e proteção para mulheres em situação de desabrigo por abandono, migração, ausência de residência e sem condições de autossustento. 

Situado na Avenida José Bonifácio, nº 2351, no Jardim Morumbi, funcionará 24 horas por dia e contará com a presença de uma equipe multiprofissional, composta por psicóloga, assistente social e cuidadoras socioeducativas. 

Homenageada 

Yasmin da Silva Nery nasceu em 14 de fevereiro de 2003 e foi uma estudante bolsista em um renomado colégio particular de Araraquara que sonhava em cursar astronomia. Fazia parte da comunidade católica da Paróquia São Francisco de Assis, no Selmi Dei, e participava da Obra Shalom, um grupo de oração. 

Em 9 de junho de 2019, Yasmin desapareceu, fato que causou grande preocupação em toda a cidade. Foi encontrada sem vida no dia seguinte, tendo sido vítima de um cruel feminicídio. 

“O assassinato de Yasmin é mais um triste retrato da desigualdade de gênero e da violência que assola mulheres pelo mundo afora. Morta pela sua condição de ser mulher, teve seus sonhos interrompidos tão precocemente, deixando tristeza e saudade aos familiares e a todos os amigos”, argumenta Thainara no projeto. 

Para a vereadora, todo suporte dado a mulheres através de políticas públicas são instrumentos de combate a essas violências. “É importante destacar a relevância de ter seu nome em uma casa específica para cuidar de mulheres, com orçamento voltado para o combate à discriminação de mulheres, assim como para o fortalecimento de suas trajetórias. Que mulheres possam viver de maneira plena, com oportunidades iguais e respeito. É o legado que deixa a partida tão brutal de uma jovem com apenas 16 anos, com um lindo futuro pela frente”, completa.