“Eu só espero justiça.” Com essa frase, a mãe da madrinha de harmonia da escola de samba Leandro de Itaquera, Renata Nunes, que morreu na semana passada após cair de uma escada, deixou o 64ª DP (Distrito Policial) na quarta-feira (23). Pouco antes, a amiga de Renata, que mora na casa onde a musa morreu, apresentou-se ao delegado e negou ter empurrado a amiga do alto da escadaria.
A versão, no entanto, não convenceu Elaine, mãe de Renata. E tampouco o filho de 8 anos da madrinha de harmonia, que estava no local e afirma que houve um empurrão.
Elaine afirmou à Record TV que Valéria, a amiga investigada, tinha inveja de Renata. Ela falava ”essa mulher tem uma mania comigo que não pode me ver“, disse. Segundo a mãe, Renata "chamava a atenção" por onde passava, o que incomodava determinadas pessoas. Elaine diz querer justiça. “Só peço a Deus que ela pague. Eu não vou sossegar enquanto ela não estiver na cadeia”, afirma.
Valéria afirmou à polícia que discutiu com Renata, mas não a empurrou. Disse que chegou a jogar água na amiga, e que Renata subiu a escada para tirar satisfação. Já em cima, teria segurado Valéria pela blusa. Ao se afastar e se desvencilhar de Renata, ela teria perdido o equilíbrio e caído, contou, segundo a investigação do 64º DP.
Após o depoimento, Valéria foi conduzida ao IML (Instituto Médico-Legal). Ela teria arranhões no peito que comprovariam sua versão e também se comprometeu a levar à polícia a blusa que usava no dia.
Renata caiu de costas, e foi constatado traumatismo cranioencefálico. Para entender melhor a dinâmica do crime, a polícia deverá fazer uma reconstituição do caso nos próximos dias.
A escola de samba Leandro de Itaquera divulgou uma nota em que lamentou a perda e disse se solidarizar com a família. Renata é ex-enteada de Beto Jamaica, uma das lendas do axé baiano.
Fonte:R7