Após 'exoneraço' promovido por Lula, ICMBio segue sem comando há duas semanas

 



O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) segue sem presidente após uma série de exonerações promovidas desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Desde 12 de janeiro, quem lidera o instituto interinamente é o servidor Marcel Marcelino de Oliveira, que é quem tem assinado as portarias de exoneração dos últimos dias.

Nesta quinta-feira (25), o Diário Oficial da União informa mais duas exonerações de militares de cargos de chefia no órgão. Foram dispensados o tenente-coronel Emerson de Barros Pinheiro, que comandava o Núcleo de Gestão Integrada (NGI) Campos Gerais; e o coronel Flavio Antonio de Jesus, que era o gestor do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses.

Os substitutos para os cargos não foram informados. No entanto, no caso do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, a analista ambiental Cristiane Ramscheid Figueiredo foi designada como chefe-substituta.

Desde 2019, o instituto teve quatro presidentes, três deles coronéis da Polícia Militar. Há a expectativa de servidores do órgão para uma nomeação técnica. O R7 questionou o Ministério do Meio Ambiente sobre o processo de reestruturação do órgão ambiental e aguarda a resposta.

O ICMBio é uma autarquia ligada ao Ministério do Meio Ambiente responsável por fiscalizar e monitorar unidades de conservação federal em todo o Brasil.

A falta de nomeação de pessoal para os cargos de chefia em um dos mais importantes órgãos ambientais do país contrasta com o discurso oficial para a área. A questão ambiental tem sido uma espécie de "cartão de visitas" do novo governo à comunidade internacional, principalmente depois da confirmação da ex-ministra Marina Silva de volta ao cargo.

Fonte>R7