A Polícia Civil investiga se o médico anestesista Andres Eduardo Onate Carrillo, preso por estuprar duas pacientes sedadas durante cirurgias, no Rio, criou um perfil falso para se comunicar com crianças e adolescentes.
A DCAV (Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima) analisa gravações de troca de mensagens privadas em uma rede social. As conversas envolvem texto, voz e vídeo com cenas de nudez.
Para a polícia, as expressões em espanhol e a localização mostram que Andres falava com as vítimas. Além disso, há suspeitas de que ele tenha produzido 13 vídeos pela internet com dez crianças.
A Justiça manteve a prisão temporária do médico colombiano em audiência de custódia, na terça-feira (17). A defesa informou à Record TV que vai se manifestar nos autos do processo.
Em depoimento à polícia, na segunda (16), Andres disse não saber por que nutria dentro de si “a compulsão de ver e armazenar pornografia infantojuvenil”.
As investigações contra Andres começaram em dezembro do ano passado, depois que a Polícia Federal identificou arquivos de pornografia infantil na nuvem de dispostivos eletrônicos do anestesista.
Após a repercussão do caso, o pai de uma criança submetida a um procedimento neste ano com o anestesista procurou a polícia. Ele disse desconfiar que o menor possa ter sofrido abusos.
O delegado Luiz Henrique Marques disse que vai apurar a denúncia. "O investigado teria exigido que a criança ficasse sozinha com ele por um bom tempo, quase 20, 30 minutos, o que despertou a suspeita desse pai", disse.
Fonte:R7