Os entregadores de comidas e encomendas por aplicativos têm sido alvos frequentes de desrespeito e até de agressão física. Desde o início desta semana, ao menos, três motoboys viralizaram nas redes sociais ao expor as cenas de descaso vividas por se negarem a subir até o apartamento dos clientes para realizar a entrega do pedido.
Dorivaldo, de 58 anos, é uma dessas vítimas. Ele contou à equipe do Balanço Geral que foi agredido por moradores de um condomínio no bairro da Mooca, na zona leste de São Paulo (SP), depois de se recurar a subir até o apartamento da pessoa que fez a encomenda.
Outros dois casos semelhantes ao de Dorivaldo aconteceram no Rio de Janeiro. Uma em Campo Grande e outra em Jacarepaguá, ambos na zona oeste do estado.
No entanto, esse tipo de exigência feita pelos clientes contrariam as sugestões dadas pelas empresas responsáveis pelas entregas.
A reportagem entrou em contato com a Rappi e o iFood, duas das empresas mais conhecidas no setor, para entender se os entregadores são obrigados a subir até os apartamentos dos clientes quando são questionados.
A Rappi informou que sempre orienta seus colaboradores esperarem os consumidores na portaria para efetuar a entrega e disse que disponibiliza o mapa de rastreio para que não haja qualquer transtorno. "O indicado, nos Termos e Condições do aplicativo, é que ele aguarde na portaria das casas e prédios. A opção de subir, inclusive, não existe no app."
"Todos os pedidos realizados na nossa plataforma mostram a rota da entrega em tempo real, além de envios de alerta ao usuário avisando quando seu pedido está chegando. É importante que os consumidores estejam atentos e desçam o mais breve possível para buscar seu pedido. Isso garante mais qualidade na entrega, além de liberar o entregador independente para realizar a próxima entrega", reforçou.
O iFood afirmou que entrou em contato com um dos entregadores mencionados no início da reportagem e que está "prestando toda assistência necessária".
Além disso, a empresa explicou que também orienta os motoboys a esperarem pelos clientes na portaria. Entretanto, disse que podem ter exceções.
"Sabemos que pode haver casos em que o cliente tenha alguma restrição de locomoção, neste caso, nossa orientação é que ele converse pelo aplicativo com entregador para explicar suas condições e acordar que a entrega seja feita em sua porta."
Fonte:R7